Mesmo com a Operação Fecha Fronteira da Polícia Militar, a população sofre com os constantes roubos que vêm acontecendo nos bairros. A noite desta segunda-feira (6) na região do 2° Distrito de Rio Branco, foi marcada com roubos, tentativas de assalto, tentativa de arrastão e até mesmo uma tentativa de invadir uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para matar um paciente.
O primeiro caso foi uma tentativa de roubo, na Avenida Amadeo Barbosa, próximo de uma barreira da Operação Fecha Fronteira, onde os policiais que estão no local, não podem deixar a barreira para dar apoio às vítimas, tendo que o Ciosp, tentar acionar alguma guarnição de outra localidade, que não estejam nas barreiras, para prestar apoio.
Dois criminosos que estavam em uma motocicleta tentaram roubar outra moto. Os bandidos tentaram ferir o proprietário da moto efetuando um tiro com uma escopeta, mas por sorte, a vítima conseguiu fugir do local sem ferimentos.
Na mesma avenida Amadeo Barbosa, após alguns minutos, outros criminosos abordaram uma vítima que trafegava na sua moto e de posse de uma arma de fogo, roubaram a motocicleta e fugiram sentido bairro Recanto dos Buritis. A Polícia não conseguiu recuperar o bem e nem prender os assaltantes.
No centro de integração de transporte coletivo no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, dois homens não identificados, membros de uma facção, em posse de duas armas de fogo tentaram fazer um arrastão no ônibus que faz transporte coletivo da região, o motorista ao perceber os bandidos armados, acelerou o veículo e fugiu dos criminosos.
A dupla permaneceu no local, na espera do ônibus que faz a linha do bairro Liberdade chegar no local, para tentar prosseguir com seus objetivos. A Polícia Militar se deslocou até a região e os bandidos fugiram.
Por fim, ainda no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA Cidade do Povo) viveram momentos de terror, dois criminosos armados tentaram invadir o hospital para matar um paciente, um suposto membro da organização criminosa rival, que estaria recebendo atendimento na unidade.
Uma guarnição da Polícia Militar que não estava empenhada nas barreiras nas vias principais, depois de 30 minutos conseguiu chegar na UPA para tentar acalmar os ânimos dos funcionários, somente, porque os membros da facção já tinha fugido do local ao perceberem que a polícia já estava a caminho.
Operação sem muitos resultados
Policiais Militares que não identificaremos por questão de retaliação, chegaram a afirmar a reportagem do ac24horas, que essas barreiras não estão servindo pra nada, muitos classificaram a “Operação Fecha Fronteira” como “bucha”. Os militares alegam que precisam ficar o dia inteiro num só lugar, e a violência ocorrendo nos bairros.
“Não estamos podendo sair das barreiras pra nada, temos que ficar, por mais que aconteça algo próximo, o Ciops precisa acionar outra guarnição que não esteja nas barreiras, tardando o atendimento às vítimas e dando mais possibilidades para os bandidos fugirem. Os bairros estão a mercê da criminalidade”, disse um PM.
Populares e motoristas de Uber que passam diariamente várias vezes nas barreiras, chegaram a afirmar que os policiais ficam sentados e não estão abordando praticamente nada.
A reportagem do ac24horas, passou pelas barreiras várias vezes e percebeu que muitos dos profissionais ficam até sentado batendo papo deixando muitas das vezes quem deveria ser abordado passar na barreira.