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Eduardo Veloso e Otávio Costa deverão voltar à cena do crime e esclarecer aspectos do acidente que vitimou a jovem Maicline Costa

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Justiça acatou pedido do Ministério Público, inquérito voltou para a 3ª Regional da Polícia Civil. Promotor do caso quer detalhes sobre o suposto acidente nas águas do Rio Acre. A reconstituição visa verificar e determinar a mecânica e o modus operandi do criminoso, bem como esclarecer aspectos do crime, identificar possíveis agravantes.


A cena do acidente que culminou com a morte da jovem Maicline Borges da Costa, em acidente com Jet Ski, no Rio Acre, no início do ano passado, deverá ser totalmente reconstituída a pedido do Ministério Público Estadual (MPE). Com isso, a conclusão do processo que já estava na 2ª Vara do Tribunal do Juri, por sugestão do Ministério Público Estadual e deferimento do Poder Judiciário acontecerá até o mês de março deste ano.

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Após a publicação da reportagem sobre a não conclusão do inquérito, o delegado geral de Polícia Civil, José Henrique Maciel Ferreira, enviou nota à redação do ac24horas afirmando que as investigações já tinham sido concluídas. Talvez o delegado desconheça o novo despacho do processo que determinou a devolução do inquérito em novembro do ano passado para a delegacia de origem, e ainda, a reformulação simulada dos fatos.


De acordo informações apuradas pela reportagem, o pedido feito pelo Ministério Público Estadual (MPE) para realização da simulação dos fatos neste período entre dezembro e março se dá pelo volume das águas do rio Acre estar propício para reconstituição passo a passo da cena do crime, fato considerado relevante para elucidação do caso.


O delegado Henrique Maciel informou a suposta conclusão do processo, mas, por motivo ignoto, não esclareceu detalhes importantes. Um deles, diz respeito a figura do empresário Otávio da Silva, um dos envolvidos no acidente que vitimou a jovem Maicline Borges da Costa, de apenas 26 anos.


Consta nos autos o depoimento da irmã de Maicline, Hinauara Borges – que estava na cena do crime – em que ela atesta que Otávio Costa tinha ingerido bebida alcoólica e estava pilotando uma das motos aquáticas envolvida no acidente da trágica tarde do dia 13 de janeiro de 2019. Otávio não foi indiciado no inquérito da Polícia Civil, figura, como a reportagem informou, como vítima no processo.


Maicline Borges da Costa, 26 anos, morta em acidente com Jet Ski, no Rio Acre, no início do ano passado – Foto: reprodução

A legislação brasileira proíbe a combinação de bebida alcoólica e pilotagem de Jet Ski. Segundo o delegado do caso, Karlesso Néspoli, em entrevista coletiva na época dos fatos, indiciou apenas o médico pelo crime, porque, segundo ele, foi o médico quem bateu na moto aquática do empresário Otávio Costa, que estava com a vítima, e não o contrário. A defesa de Otávio negou que o empresário tenha ingerido bebida alcoólica como foi dito por Hinauara.


A Polícia Civil também não informou os motivos da não realização da reconstituição da cena do crime. O pedido de “reformulação simulada dos fatos” foi feito pelo promotor Teotônio Rodrigues Soares Junior e deferido pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Juri. Com a nova decisão, o empresário Otávio Costa e o médico Eduardo Veloso, deverão voltar à cena do crime, guiando os peritos e explicando como tudo aconteceu.


A reprodução simulada dos fatos, popularmente conhecida como reconstituição de crimes, é o processo de simular as circunstâncias e o ambiente onde alguma transgressão foi praticada por meio de evidências e depoimentos.


A decisão do Ministério Público no caso que envolve também o médico Eduardo Veloso – indiciado no processo – visa verificar e determinar a mecânica e o modus operandi do suposto criminoso, bem como esclarecer aspectos do crime, identificar possíveis agravantes.


Como a reportagem já mostrou, o próprio Ministério Público havia pedido celeridade nas investigações. O caso que vitimou a jovem Macline Borges, de apenas 26 anos, morta após um “cavalo de pau” de Jet Ski, causou grande comoção social e chamou atenção das autoridades do judiciário para os riscos que a população corre nesta época do ano, quando donos de motos aquáticas fazem manobras arriscadas nas águas barrentas do rio Acre, muitas vezes, ingerindo bebidas alcoólicas nas diversões que envolvem ainda, lanchas de médio porte.

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