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Por medo de assalto, motorista de ônibus não para e pedreiro “dorme fora de casa”

Published by
Thais Farias

Que a criminalidade tem mudado a rotina dos cidadãos em Rio Branco, não é novidade. A informação mais recente que se tem é que no meio do caos que assola a segurança dos moradores, um trabalhador precisou dormir na casa de uma família desconhecida esta semana porque não conseguiu embarcar num ônibus e retornar para sua casa. O caso aconteceu com o pedreiro José Ramison, nessa quarta-feira, 18, na região da Transacreana.


Segundo ele, o motorista do ônibus que faz a linha do Colégio Agrícola, na Estrada da Transacreana, não tem parado nos pontos da zona rural no período noturno, por medo de ser vítima dos frequentes assaltos que ocorrem aos coletivos no local.


Ramison alerta que a situação já vem ocorrendo há muitos meses, desde que a sensação de insegurança aumentou significativamente entre os rio-branquenses. Porém, nunca havia chegado ao extremo de ter que dormir fora de casa por conta da criminalidade.


O pedreiro tem quatro filhos e mora na zona urbana de Rio Branco, mas sempre presta serviços em residências situadas na Transacreana. “É algo muito chato o que vem acontecendo com a linha que faz o Colégio Agrícola. Quem precisa retornar para casa no último ‘balão’ do ônibus tem passado muito constrangimento porque o ônibus não tem parado”, explica o trabalhador.


Não só ele, mas outros passageiros também têm reclamado e se sentindo prejudicados. O horário mais difícil de conseguir embarcar num ônibus na região é após as 21h30. “Após esse horário não conseguimos mais entrar no coletivo. Isso tem sido constante. Tive que pedir dormida em casa alheia porque [o ônibus] não parou para mim”, lamenta o pedreiro.


O morador ressalta que tentou embarcar em todos os pontos na noite, mas foi rejeitado pelos motoristas, que depois explicaram para ele o medo de serem assaltados. “Lá, de fato, está muito perigoso. Mas os passageiros não podem sofrer por isso. Se ninguém tivesse me dado dormida, teria ficado na rua”, pontua o homem.


José diz que até passam alguns policiais militares pela região, mas “só o que moram por lá mesmo”, afirma. O ac24horas procurou a superintendência municipal de Transportes e Trânsito de Rio Branco, a RBTRANS. O órgão informou que “infelizmente não há nada que a RBTRANS possa fazer. Essa situação é inerente ao Sistema Integrado de Segurança Pública”, disse o representante Nélio Anastácio.


Já o comandante-geral da Polícia Militar do Acre, Coronel Ulysses Araújo, garantiu que existem rondas policiais em todos os horários na região da Transacreana. “Rondas inopinadas são realizadas na principal e também nos ramais”, afirma Ulysses.


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Thais Farias

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