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Lisos para o natal, terceirizados do governo protestam no Palácio

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Quem é servidor público não tem do que reclamar este ano. Depois de ficar 2018 sem metade do décimo terceiro, este ano o governo Gladson pagou o direito trabalhista em duas parcelas antes de encerrar dezembro. A última parcela foi quitada no último dia 13.


Ocorre que para muitos que não são servidores públicos, mas fazem o serviço público, o natal vai ser de dinheiro nenhum no bolso para a ceia e também para as tradicionais compras de presentes.


É que em sua grande maioria, as empresas terceirizadas estão com o pagamento atrasado e sem perspectiva de receber antes do final do ano. É o caso, por exemplo, dos 60 atendentes que prestam serviço na OCA em Rio Branco. Os profissionais reclamam que estão há dois meses sem receber salários.

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Uma denúncia de uma das pessoas contratadas pela empresa, que prefere não ter o nome identificado por medo de demissão, afirma que há profissionais que ainda não receberam o décimo terceiro do ano passado. “Somos perseguidos todos os dias pela a representante da empresa que nos cobra horários e postura dentro da OCA, porém não cumpre com a obrigação de nos pagar. Ela faz a gente assinar o contra cheque com a data que eles querem e se não assinar sofre represálias. Apenas dizem que o governo não pagou e que não tem notícia sobre pagamento, que não tem previsão, que temos apenas que esperar”, diz.


A preocupação é ainda maior de quem tem filhos. “Como explicar para uma criança pequena que não vai ter o papai noel este ano? O que é mais difícil de aceitar é que temos dinheiro. Receber em dia é um direito do trabalhador, não estamos pedindo nenhum favor. A desculpa é sempre a mesma, que o governo não pagou. Nós não temos nada com isso, fomos contratados pela empresa”.


Os trabalhadores se articulam para cruzar os braços nos próximos dias se o pagamento não for regularizado. Vale lembrar que sem o trabalho desses profissionais contratados pela empresa terceirizada, a OCA não consegue atender a população.


Não aguentando mais a falta de informações e de dinheiro, os terceirizados radicalizaram e protestam na manhã desta quinta-feira, 19, em frente ao Palácio Rio Branco.


Com nariz de palhaço e gritando palavras de ordem, os trabalhadores cobram uma posição em relação aos pagamentos atrasados.



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