Levantamento do Instituto Socioambiental (ISA) aponta que o Acre colocou quatro novos municípios no Arco do Desmatamento da Amazônia. No total, 11 novos municípios alavancaram a derrubada na maior floresta tropical do planeta, expandindo a zona de destruição para o sudoeste e oeste do Pará, sul do Amazonas e oeste do Acre.
Comparando os anos de 2008 e 2019, 15 novos municípios surgem entre os 51 que hoje respondem por 75% desmatamento. No Acre, ao longo da BR-364, o Instituto Socioambiental destaca os os municípios de Rio Branco, Sena Madureira, Feijó e Tarauacá.
No Pará, os municípios de Cláudia, Jacareacanga e União do Sul na região da BR-163. E os municípios de Humaitá e Canutama, no Estado do Amazonas, confirmando a BR-319 como uma fronteira do desmatamento.
Na expansão da fronteira identificada pelo ISA, os vetores são as rodovias BR-163, BR-319 e BR-364 que, como flechas, irradiam a devastação para o interior da floresta amazônica. Enquanto isso, municípios da porção sul do arco do desmatamento, sobretudo no Mato Grosso, e de ocupação mais antiga, tiveram queda na taxa.
“A notícia não é necessariamente boa: ela indica que a floresta nessa zona foi destruída quase completamente e que os desmatadores buscam novas áreas para derrubar”, diz o ISA.
De seu lado, o Governo do Acre tem respondido a essa questão com políticas que buscam dar valor à floresta em pé, mas, sem abrir mão do desenvolvimento econômico e social. Nesse contexto, o agronegócio sustentável é o pilar dos demais projetos.