Estado se envolveu no início do ano em polêmica pela licitação de um jatinho que custaria R$ 4 milhões por ano aos cofres públicos, tem dificuldades de pagar manutenção das aeronaves doadas pelo ministro Sérgio Moro.
As duas aeronaves doadas pelo ministro Sérgio Moro para o governo do Acre, um avião bimotor, prefixo PP FFZ e o helicóptero modelo AS 350 B2 (Esquilo), estão no prego no hangar do Aeroporto Internacional de Rio Branco.
Fabricado pela Embraer, a aeronave modelo Ceneca III, de 1980, fez um único voo depois de doado pelo ministro Sérgio Moro. Navegou de Goiânia até Cruzeiro do Sul, deslocamento de 10 horas até ser recebido pelo governador em Cruzeiro do Sul, em setembro deste ano.
A outra aeronave, o Helicóptero Esquilo AS 350 B2, chegou a fazer outros voos após chegar em Rio Branco, o último, da capital até Sena Madureira, quando o governador Gladson Cameli foi lançar as obras de reforma do Hospital João Câncio. Depois a aeronave não foi mais usada, nem mesmo na segurança durante a visita do ministro Sérgio Moro no Acre, no último dia 18 de outubro.
A cúpula da segurança evita falar sobre o assunto, mas, segundo a reportagem apurou, o helicóptero está aguardando recursos para manutenção, cerca de R$ 2 milhões e tem problemas ainda na documentação. Em pesquisa a Agência Nacional de Aviação Civil/ RAB, a reportagem constatou que a aeronave se encontra com ordem judicial de sequestro, indisponível para voo. Ainda de acordo a apuração, os documentos do Helicóptero estão no nome do antigo dono, Djair Alves da Silva, de São Paulo.
Já o avião Ceneca III, segundo informações repassadas ao ac24horas, depende de uma hélice para manutenção. O ministro Sérgio Moro antes de embarcar para Cruzeiro do Sul, esteve no Hangar do Aeroporto Internacional de Rio Branco fazendo vistoria as aeronaves que foram doadas pelo ministério da Justiça.
Em sua rede social, Moro registrou a visita, afirmando que ao lado do governador Gladson conheceu o novo helicóptero das forças de segurança, “confiscado do tráfico de drogas da linha de aquisição favorita do MJST. Trabalho da PF, MP e Justiça. SENAD/MJSP tem feito a diferença na gestão dos bens do tráfico”, escreveu Moro.
Talvez o ministro não tenha sido informado que os objetivos das duas aeronaves que seriam o combate ao crime organizado na fronteira e auxílio ao Tratamento Fora de Domicílio (TFD) ainda não saíram do papel. O Helicóptero comprado pelo ex-governador Jorge Viana na gestão do irmão, Tião Viana, é o único em operação.
No início do ano, o governo ainda se envolveu em uma polêmica pela contratação de dos Serviços de fretamento de Aeronave Executiva Birreatora a Jato. Segundo a licitação, o estado pagaria R$ 13 mil por hora/voo, o que totalizaria um gasto mensal de aproximadamente R$ 360 mil por mês e quase R$ 4 milhões em um ano.
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