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Em resposta à Folha, governo diz que “não precisa desmatar para desenvolver economia”

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Após uma reportagem do Grupo Folha publicada nessa segunda-feira, 16, afirmando que declarações de políticos antiambientalistas estariam contribuindo para o aumento da taxa de desmatamento – entre elas a de Gladson Cameli (Progressistas), o governo do Acre emitiu uma nota dizendo que “o Acre sabe que é no meio ambiente sustentável que o agronegócio se viabiliza”. O texto, enviado pela porta-voz do governador Gladson Cameli, afirma que “não existe agronegócio sem políticas ambientais estruturantes e as baixas emissões de carbono como caminho para o desenvolvimento”, afirma Mirla Miranda.


O estado diz que não detectou nenhum registro de operações para o combate ao desmatamento e queima ilegal no ano de 2018, o que gerou o referido percentual publicado na reportagem. “Lembrando que esta feita parte de um governo pautado na “florestaria”, um discurso vazio, que na prática só promoveu mais desmatamento e miséria às populações tradicionais, rurais e urbanas do Acre”, declara o governo Gladson referindo-se a gestões do Partido dos Trabalhadores.

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A atual gestão do estado esclarece que a política ambiental de agora não somente respeita as leis, “bem como se comprometeu junto ao consórcio dos governos que compõem a Amazônia, ao assinar a Carta do Amapá, logo em sua criação”. Recentemente, o governo acreano assinou o termo de compromisso na COP25.


A nota ressalta que 80% das matas no Acre são intactas, e dos 20% permitido por lei, para que se dê oportunidades para agricultura familiar, agronegócio e a pecuária. “Ainda temos 5,5% de área não utilizadas, o que figura 1 milhão de hectares de terras para o desenvolvimento econômico do estado e de sua população, neste caso, notadamente rural”, diz o governo. “Assim, nosso estado não necessita do desmatamento para seu desenvolvimento econômico”.


O governo ainda pontua que os acreanos não podem aceitar que tornem o Acre e a população criminosos diante de questões ambientais. Questões estas que “muito antes de nosso governo, já estavam estabelecidas, mas sem gerar renda no campo e promoção de qualidade de vida para o povo acreano, que padecia sem uma política desenvolvimentista. Jamais perderemos nossas florestas”.


Dados do Instituto do Meio Ambiente do Acre levantados pela nota apontam que o governo autorizou pouco mais de 2,2 mil ha de supressão no Vale do Purus, Tarauacá e Envira e Rio Branco, abrangendo o percentual de 0000,81% da área de conversão de vegetação do Estado. “Isso equivale dizer que no Acre não houve “fracasso” e pela primeira vez na história, os órgãos de comando e controle atuam de forma rigorosa para combater a prática de crimes ambientais”, garante.


A Folha apresentou um estudo do Instituto Socioambiental (ISA) vinculando as declarações do governo Bolsonaro e do governador do Acre, Gladson Cameli, ao aumento na taxa de desmatamentos nas áreas citadas pelos dois. A reportagem lembrou o discurso de Cameli em Sena Madureira, no dia 31 de maio, quando o governador teria orientados os produtores a não pagar multa emitida pelo Imac (Instituto do Meio Ambiente do Acre). Segundo os dados, houve 2.574 alertas nos meses de junho e julho, 225% a mais do que os mesmos meses de 2018.


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