A juíza da Vara de Execuções Penais Luana Campos se contrapõe frontalmente ao argumento do aparelho de Segurança Pública do Estado que afirma ter controle de 100% dos presídios do interior e 80% na capital. Segundo ela, os presídios são dominados pelas facções. “Qualquer jovem que for preso pela primeira vez terá que escolher entre um pavilhão dominado por uma das facções. O Estado é o maior fornecedor de mão de obra para as facções”, disse aos jornalistas Luís Carlos Moreira Jorge e Astério Moreira no programa Boa Conversa.
Como qualquer cidadão, Luana Campos afirmou ter medo de andar nos bairros de Rio Branco. “Não vou no Calafate, Taquari e Cidade do Povo”, declarou, relatando o episódio em que duas de suas secretárias foram assaltadas quando foram organizar uma palestra. Para a juíza, que deixa a Vara de Execuções Penais no dia sete de janeiro, transferindo-se para a Vara do Tribunal do Júri, os cargos da área de Segurança Pública não deveriam ser indicações políticas. Afirmou ainda que apenas cumpre a lei quando garante aos presos direitos básicos como, por exemplo, permitir o uso de ventiladores nas celas. A Vara em que atua hoje tem mais de cinco mil processos; a que vai comandar pouco mais de 160. Veja a entrevista completa.
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