Valterlucio Bessa Campelo
Por estes dias, em Madrid, na COP 25, reunião anual em que os neomalthusianos alarmistas se encontram para afirmarem um hipotético, mas avassalador cenário de aquecimento global antropogênico, tem de tudo, menos ciência. A COP é uma reunião política para que politicamente sejam decididas as estratégias, ações, custos e endereços da mitigação das emissões globais de gases do efeito estufa, os chamados GEE, entre os quais se destaca o CO² como principal vilão. A economia verde, que tem feito a riqueza, a fama e a carreira de muitos, promove e agradece.
Este ano “a égua desembestou”, diria meu falecido pai nordestino, ao se deparar com o evento. Esqueçam o aquecimento global, as mudanças climáticas, a crise climática… esses slogans já cumpriram seus papéis, a ordem agora é repetir à exaustão o mote “emergência climática”. É como se gritassem para os bandidos “corre que a polícia vem aí”. E vem mesmo, ou, pelo menos, é o que querem, ou seja, que sejamos transformados em bandidos se não estancarmos nossas expectativas de consumo, enquanto eles, os bem nutridos mocinhos da fábula, salvam o planeta. Por mais que procure não consigo achar nesse enredo os 3,4 bilhões de pobres ou miseráveis, viventes na África, Ásia e América Latina.
O mais novo produto dessa histeria alimentada diariamente o tempo todo é a eco-anxiety (ecoansiedade em português), descrita pela American Psychological Association como “um medo crônico da destruição ambiental”, ou seja, um transtorno de ansiedade de causa específica – a “emergência climática”. Já são milhares, senão milhões, as pessoas afetadas em todo o mundo. Em todos os lugares, os jovens estão olhando para o futuro e não o enxergam porque lhe disseram que estamos destruindo a terra, que o mundo vai esturricar antes que eles realizem seus sonhos e projetos, antes que tenham seus filhos, antes que vivam um grande amor.
Furacões, secas, derretimentos, incêndios, aumento do nível do mar, aumento da temperatura, doenças, extinção de espécies, vulcões, terremotos e até nevascas terríveis são colocadas pelos alarmistas na conta do hipotético aquecimento global provocado pelo homem. Já a partir da infância, as pessoas estão sendo bombardeadas diariamente com a notícia repetitiva de que o homem está destruindo o planeta. Nos últimos meses essa gente tirou de alguma cartola computadorizada, para anunciar na COP25, a certeza de que temos apenas 10 anos para fazer algo, depois disso, BUM!
Como não ser mentalmente afetado diante de tal perspectiva? Que criança resistiria imune a uma pressão dessas? Impossível. Então, estamos formando uma geração de neuróticos do clima. Some-se a isto, os pais, cada vez mais alarmados com o futuro de seus filhos. Já foram registrados inúmeros casos de pessoas que afirmam terem desistido de ter filhos para não contribuir com a destruição do planeta. “Para que mais uma pessoa a alimentar e usar os recursos da terra moribunda”, pensa a criatura afetada.
Os alarmistas não perdem tempo e já acusam os eventos climáticos de estarem causando a ecoansiedade. Vale dizer, o aquecimento global que “nós causamos” com nosso bife é o culpado por mais essa. Nada mais falso. O que está provocando este transtorno, não são eventos climáticos por mais extremos que sejam, eles sempre existiram. A causa é a propaganda infernal a que estão expostas nossas crianças e jovens.
Quando na COP 25, seus líderes anunciam como certo o pior cenário que seus computadores puderam criar, acionam a sirene da sobrevivência de todas as pessoas crentes no prognóstico de modelo do IPCC. Essa notícia e sua repercussão ocupa todos os noticiários o dia todo, nas escolas não se fala de outra coisa, professores ensinam aritmética somando GEE no melhor estilo freireano. O resultado não poderia ser outro.
O melhor exemplo dessa histeria é Greta Thunberg, a pirralha sueca (royalties para Bolsonaro), que ao invés de comparecer na aula e aprender aonde fica e pra que serve o Sol em nosso Sistema, fica zanzando por aí papagueando palavras de ordem e chavões que não tem a menor ideia de onde saíram ou o que representam, mas dão força ao pânico aquecimentista.
Chega a ser vergonhoso ver milhões de marmanjos adultos puxados pelo cabresto politicamente correto da adolescente riquinha, que nunca lavou o prato em que come, mas pretende mudar o mundo com arroubos tão histéricos quanto manipulados, do tipo “quero que vocês sintam o medo que eu sinto”. Esse medo, aliás, rendeu-lhe o lucrativo título de pessoa do ano na Time, embora na capa da revista ela tenha abandonado a expressão de pavor e ódio que usou na ONU e adotado um modelito esperançoso, positivo e tranquilo frente às ondas ameaçadoras… oh mídia!
Vai ficar pior. Os próprios alarmistas, cientes do problema da ecoansiedade apontam como medidas de tratamento, participar das manifestações, convencer os outros de que o planeta está morrendo por culpa delas, ou seja, mais veneno para quem está envenenado. É como receitar cachaça pra alcoólatra.
Maria Ojala, psicóloga da Universidade Orebro, na Suécia, à Live Science, garante que a ecoansiedade “é uma resposta racional a um problema realmente sério”. Segundo ela, pode ser perigoso torná-lo um diagnóstico clínico. Ela considera que a ansiedade climática pode ser uma coisa boa porque move o indivíduo a tomar atitudes.
Que tal? O sujeito perde a saúde mental, o sono e a qualidade de vida por causa da histeria aquecimentista e a psicóloga, ao invés de tratá-lo, fala que isso não é problema, que ele tem que agir. Neste caso, agir significa diminuir a assombrosa “pegada ecológica”, participar de manifestações, criar grupos de discussão, enfim, engrossar a multidão de ativistas pela redução dos GEE. Isso quase explica que via de regra eles estejam cada vez mais agressivos e ansiosos, claro.
O troço é tão sério que alguns estudos americanos já sinalizam para um aumento significativo do número de suicídios em função das mudanças climáticas. Após o anuncio do apocalipse feito na COP25 para a próxima década, a tendência é que aumentem. A histeria aquecimentista está produzindo uma alteração da nossa psique. David A. Pollack, MD, professor da Oregon Health and Science University afirma “As consequências (das mudanças climáticas) para a saúde mental também são vastas, generalizadas e provavelmente durarão mais do que a maioria dos outros impactos na saúde”.
Enfim, o pânico causado pela “teoria” do aquecimento global antropogênico vem causando enorme mal à humanidade. Entramos todos em uma espécie de roda viva, que arrasta tudo e todos em um turbilhão de efeitos que vão da economia global à mente humana, desnaturando a contemplação, a reflexão, o juízo, o bom senso, a prudência. E pensar que tudo isso pode ser inútil, que a influência do homem no clima global pode ser nula.
Valterlucio Bessa Campelo escreve às sextas-feiras no ac24horas.
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