A ressaca da votação da Lei Orçamentária e PPA na Assembleia Legislativa, quando o governo aprovou por maioria com a oposição alegando fraude no processo, esquentou o clima entre o líder do governo, Gerlen Diniz (Progressista) e os deputados Edvaldo Magalhães (PCdoB) e Daniel Zen (PT). Sobrou até para o deputado Whendy Lima (PSL), que não costuma usar a tribuna.
“Cínico e mentiroso”, disse o deputado Zen contra Gerlen Diniz, que acusou a legislatura passada de fazer sessões secretas. O petista, que era líder do governo passado, se sentiu ofendido perdendo as estribeiras.
“Não vamos ser controlados por deputados cínicos, mentirosos e truculentos. Eu votei no presidente Nicolau para a Mesa Diretora e não vou ser mandado pelo Gerlen e pelo bebê monstro do Whendy Lima”, disse Zen, classificando a base que, segundo ele, fraudou a votação de “respeitem cambada”. “Vão criar vergonha na cara”, tascou.
O líder do governo, deputado Gerlen Diniz (Progressista), reconheceu que, “realmente o que aconteceu com o SAMU é para se lamentar. Porém, é resultado de 20 anos de desgoverno da Frente Popular”. Segundo ele, essa violência é uma herança do governo petista, o nosso governo está trabalhando duro para resolver o problema da violência.
Quanto a denúncia do deputado Calegário sobre a secretaria de Comunicação, Gerlen disse que o parlamentar é “leviano”, “falta com a verdade”. “O senhor deveria pedir desculpas para a secretária Silvânia Pinheiro, uma profissional íntegra e respeitada pela categoria”, disse. Gerlen protestou contra parlamentares da oposição que numa questão regimental tentaram impedi-lo de falar.
Em resposta ao líder do governo, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), disse que Gerlen Diniz não só perdeu os cabelos, mas também o juízo. “A oposição não quer impedir a sua palavra, o senhor está recorrendo a ironia”. Ele reafirmou que o os deputados da base, na sessão de ontem, por ocasião da aprovação da Lei Orçamentária, fizeram uma fraude ao não realizar a reunião da Comissão de Orçamento e Finanças (COF) para votar o parecer. “O governo tem maioria, use da maioria mas não fraudem o processo legislativo”, lamentou.
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