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Apenas neste ano, notificações de dengue triplicam em Xapuri

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Raimari Cardoso

São grandes os riscos de surto de dengue em Xapuri neste inverno amazônico, segundo a direção de Atenção Básica em Saúde do município.


Os casos da doença notificados até o mês de novembro são mais que três vezes os noticiados no município no mesmo período do ano passado.


Em 2018, Xapuri teve notificados até novembro 136 casos de dengue. Neste ano, já são 436, dos quais 391 foram confirmados. Os bairros mais afetados são o Pantanal e o Laranjal, as regiões mais populosas da cidade.


Em número de notificações no ano, Xapuri fica atrás apenas dos municípios de Rio Branco (4.214), Cruzeiro do Sul (3.487), Tarauacá (1.026) e Rodrigues Alves (587).


Leia mais: Em Xapuri, Saúde reúne sociedade para prevenir dengue, zika e chikungunya


O Acre tem 11.666 notificações de dengue em 2019, das quais 5.724 aparecem como casos confirmados, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – O Sinan Online.


Os casos de chikungunya notificados no Acre são 148, de janeiro até novembro deste ano, enquanto os de zika foram 131.


De acordo com a diretora de Atenção Básica em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Xapuri (Semusa), Iraíde Mendes, não existe suporte no município para uma situação de surto.


“O que nos preocupa é a notória incapacidade de o município dar suporte à população em um caso de surto. As Unidades Básicas de Saúde não possuem leitos disponíveis para esse tipo de situação. O próprio hospital de Xapuri possui pouco mais de 30 leitos”, disse.


A profissional afirma ainda que este ano não haverá na cidade o chamado bloqueio químico, medida de combate ao mosquito Aedes aegypti conhecida popularmente como “fumacê”.


“Essa medida é muito importante no combate ao mosquito, chegando a melhorar de 80% a 85% a situação de infestação nos bairros da cidade. Infelizmente, neste ano não disporemos desse instrumento porque não houve ainda sequer licitação para a compra do produto por parte do governo federal”, explicou.


De acordo com a Semusa, o Ministério da Saúde ainda não disponibilizou, em 2019, o inseticida usado no combate ao Aedes, restando como alternativa o trabalho de conscientização da população.


No Brasil, o inseticida utilizado no fumacê é o malathion. Sua fórmula é diferente dos inseticidas encontrados nos supermercados e sua distribuição é feita somente pelo Governo Federal, que compra o produto e distribui para os Estados, que repassa aos municípios.


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Raimari Cardoso

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