O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Acre (Acre) e os servidores estaduais não conseguiram nem mesmo se reunir nesta sexta-feira, 29, para deliberar oficialmente uma greve geral, pois antes mesmo do dia amanhecer, o governo do Estado já havia conseguido junto ao Tribunal de Justiça do Acre uma Ação Declaratória de Ilegalidade da Greve.
Para a presidente do Sinteac, a categoria já esperava essa ação, uma vez que, segundo Rosana Nascimento, o Acre vive hoje uma “ditadura na democracia”. “A prática desses governos hoje é fazer isso. Quando os trabalhadores deliberam greve, entram na Justiça, que, infelizmente, toma essas decisões de suspender as greves”, afirma a sindicalista.
Nascimento lamenta que o judiciário sequer ouve os trabalhadores e seus motivos de deliberarem a greve. “Tacam [sic] uma multa diária nos sindicatos, aí fazem audiência, a gente recorre e ficam anos para darem uma resposta. Isso é tudo combinado, esse tipo de coisa”.
O sindicato vai além e afirma que “o Acre vive uma ditadura na democracia”. Para Rosana, esta é uma situação que a população precisa estar atenta. “Os trabalhadores precisam observar e não estão observando. Estão fazendo de tudo para tirar o direito do trabalhador, o direito da participação democrática”, diz o Sinteac.
Segundo Rosana, o atual sistema instalado no país e no Acre é o da repressão. “Fecharam a Assembleia Legislativa do Acre, essa é a representação do que é o governo”, pontua.
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