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Há dois meses sem receber, terceirizados ameaçam parar balsa

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Raimari Cardoso

Os trabalhadores que operam a balsa que faz a travessia do rio Acre entre a região central de Xapuri e o bairro Sibéria informaram nessa quarta-feira, 27, que estão dispostos a paralisar o funcionamento da embarcação.


A medida será um protesto contra o atraso de dois meses nos salários dos funcionários por parte de duas empresas terceirizadas que prestam serviços ao governo, por meio do Departamento de Estradas e Rodagens, Infraestrutura Hidroviária e Aeroviária do Acre (Deracre).


A paralisação dos serviços ocorreria nesta quinta-feira, 28, mas um entendimento feito entre a categoria e representantes da coordenação política do governo, com a intermediação de alguns vereadores, numa reunião ocorrida na câmara municipal, adiou o protesto para depois do próximo dia 5 de dezembro.


O chefe da Divisão de Acompanhamento e Pesquisa da Secretaria de Estado de Relações Políticas e Institucionais, Marieldo Alves, explicou que os vereadores pediram ajuda na negociação com os trabalhadores para que eles não deixassem a população sem a única alternativa para a travessia de veículos entre os dois lados da cidade.


“Solicitamos um prazo até o dia 5 de dezembro para que pudéssemos ajudar na solução do problema e fomos atendidos. Hoje, estivemos no Deracre onde tivemos uma conversa com o diretor Ítalo, que ficou de tentar uma solução com as empresas responsáveis pela contratação e pagamento dos funcionários que prestam serviços na balsa”.


Os trabalhadores aceitaram o acordo, mas afirmaram que se a solução para a inadimplemento das empresas Maia Pimentel e Tecnius, contratantes da maioria dos treze funcionários que atuam na operação da embarcação, não vier até a data combinada eles cruzarão os braços.


O diretor-presidente do Deracre, Ítalo César Medeiros, informou que já estão sendo feitas conversas com as empresas, que sofrem os efeitos dos pagamentos não realizados pelo governo passado, o que as levou a sofrer muitas condenações trabalhistas. Segundo ele, a situação está inviabilizando as empresas atualmente.


“Estamos conversando com as empresas, as dívidas do passado estão as inviabilizando no presente, uma vez que há muitas condenações trabalhistas decorrentes desse atraso. Também já conversamos com a coordenação política na tentativa de buscarmos uma solução para essa questão”, afirmou.


A travessia do rio Acre em Xapuri tem sido uma preocupação constante para o governo. No começo do mês de maio passado, a embarcação foi interditada pelo Corpo de Bombeiros, a pedido do Ministério Público, por questões de segurança. Na ocasião, uma outra balsa foi alugada pelo Deracre enquanto a do estado era restaurada.


As constantes dificuldades que surgem na operação da balsa alimentam a reivindicação da população local pela construção de uma ponte sobre o rio Acre, na cidade, realização que vem sendo defendida com veemência pelo governador Gladson Cameli desde quando assumiu o mandato.


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Raimari Cardoso

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