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Liderança diz que “amigos” levam bonecas e botas para aldeias

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Da redação ac24horas

A liderança indígena Tashka Yawanawá se manifestou com relação ao turismo com a Ayahuasca e o suposto consumo de drogas entre os indígenas em festivais com a presença de gringos, afirmando que os “amigos” levam “bonecas e botas para as Aldeias”.


“Se ela [denunciante] acha que os recursos estão mais atrapalhando do que ajudando, como conhecedora, porque não chamou as principais lideranças para conversar?” Questionou o líder. Em seguida, Tashka utiliza o dinheiro como metáfora para afirmar que assim como uma tecnologia qualquer “ele [o dinheiro] constrói coisas belas e destrói coisas belas”, acrescentou.


Leia mais: Turismo indígena atrai gringos, dinheiro e drogas para as aldeias do Acre


Ainda de acordo o indígena que é um dos organizadores de pacotes de turismo nas Aldeias localizadas as margens do Rio Gregório, em Tarauacá (AC), a denunciante foi uma espiã infiltrada dentro das comunidades.


“Uma coisa é você ver uma flor, apreciar, admirar o belo e seguir o seu caminho, outra coisa é você dizer olha essa flor é torta, tirar ela de lugar, de seu habitat natural” seguiu comentando.


Tashka acredita que as comunidades indígenas precisam de independência para dizer o que é bom e o que não é bom pra eles. “Estamos cansados de pessoas dizerem pra gente como é que deve ser” argumenta o indígena.


Com referências as condições sociais em que vivem os Yawanawas, questionada pela denuncia, o líder afirma que as tribos que vivem no Rio Gregório têm uma vida melhor graças a experiência pioneira de trabalhar aspectos econômicos, social e espiritual. “Não depende nada de governo, não depende nada de governo” repetiu.


Tashka não desmentiu a denúncia sobre o uso de maconha pelos povos Huni Kuin, chamou de preconceituosa quem denunciou tal fato. “Esse preconceito ajuda a contribuir para alguma coisa?” Voltou a questionar.


Ainda de acordo o indígena as tribos Yawanawas não vivem apenas do turismo com a ayahuasca, desenvolvem há décadas parcerias com empresas privadas. Ele cita a transformação de miçangas em roupas e o artesanato comercializado no mundo, como transformação de vida.


“Nós temos um conselho de governança que dia 3 de dezembro agora vai se reunir para inaugurar um posto de vigilância e fazer uma aliança com os moradores que vivem no entorno do Rio Gregório para não destruírem”, acrescentou Tashka.


Por último, o líder defende a ayahuasca como um conhecimento imaterial e afirma que em São Paulo, participou de uma mesa com cientistas que buscam a tradição. “A bebida é forte para quem toma com respeito”, concluiu o cacique da Aldeia Mutum.


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