O líder do governo na Aleac, deputado Gerlen Diniz (Progressistas), defendeu a aprovação da PEC da reforma da previdência que ainda hoje deve ser votada na Assembleia Legislativa. O governista destacou a necessidade que a reforma seja feita agora e revelou que uma nova reforma deverá ser proposta daqui a 10 anos.
“Independente do governo que estiver no poder, uma nova reforma terá que ser aprovada daqui a 10 anos”, enfatizou Gerlen, destacando ainda que em relação a reforma federal, a reforma estadual supostamente teria melhorado o valor dos proventos para os servidores que ingressaram a partir de 01/01/2004: na união, os proventos são calculados pela média aritmética considerando 100% das remunerações de contribuição, enquanto que o Estado considera 80% das maiores remunerações de contribuição. Com isso, o valor dos proventos no Estado é maior.
Diniz explica que já sobre o valor dos proventos de aposentadoria por incapacidade: na União, o valor dos proventos de aposentadoria por incapacidade será de 60% a 100% da média, enquanto que no Estado será de 100% da média, em qualquer hipótese, Gerlen garantiu que o governo vai aumentar a contribuição patronal de 14 para 22%, enquanto a contribuição do servidor permanece estável, nos 14%. “Chegamos num ponto crítico, e, ou reformamos, ou colocamos em risco o pagamento dos servidores ativos e inativos, a exemplo do que ocorreu com o governo anterior”, explicou Diniz, garantindo que a base do governo está coesa e pronta para aprovar a matéria e culpando as gestões passadas do PT pelo rombo na previdência.
Em resposta às críticas da oposição, Diniz acusou o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), quando era presidente da Aleac, de ter expulsado o então presidente da OAB/AC, Florindo Poersch da casa. “Esses que alegam que o dia amanheceu triste, fizeram coisas bem piores quando estavam no poder”, criticou o governista.
Inconformado com a fala de Gerlen, Magalhães destacou “que neste exato momento o presidente da OAB está sendo proibido de entrar na casa do povo, eu duvido que o deputado vá lá abrir a porta para ele”, disse.
Edvaldo ainda esbravejou contra Gerlen: “o senhor não tem coragem de fazer a votação no olho dos servidores, daqueles que vão dobrar o tempo de serviço. A quantidade de policia representa nada mais do que um atitude autoritária, de quem quer votar no escurinho do cinema”, disse.
O deputado comunista afirmou ainda que até o momento o projeto final da PEC não chegou nas mãos dos deputados. “Quem garante que as mudanças que o governo diz ter feito de fato foram feitas? Até agora o projeto não apareceu na mão de ninguém aqui”, pontuou.
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