O autor do tiro que matou o presidente do PSOL em Xapuri, Josemar da Silva Cunha, o mecânico Tripinha, de 48 anos, foi capturado na noite desta sexta-feira, 22, por uma guarnição do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Francisco da Silva Barroso, o Chico Doido, estava escondido na casa de uma irmã, em uma propriedade rural relativamente próxima à cidade. Com ele, a polícia encontrou a arma usada para cometer o crime, uma espingarda de grosso calibre.
Ele estava foragido desde a última quarta-feira, 20, quando, segundo uma testemunha, atirou no peito de Josemar para depois fugir, se embrenhando na mata. Tripinha morreu no local e seu corpo só pôde ser resgatado no dia seguinte, por um helicóptero.
O motivo do crime, segundo a viúva Elizângela Gomes, foi uma contenda que se arrastava há anos, entre acusado e vítima, sobre a linha divisória entre as propriedades de ambos, na Reserva Extrativista Chico Mendes.
A prisão foi resultado de uma ação integrada das forças de segurança do estado que envolveu o trabalho de investigação feito pela Polícia Civil desde o levantamento feito no local do crime pelo inspetor Eurico Feitosa e a ação efetiva do Bope, que efetuou a prisão depois de uma busca minuciosa na região.
O advogado de Francisco, Romano Gouveia, afirmou por telefone ao ac24horas que a prisão de seu cliente foi ilegal. Segundo ele, o prazo para a prisão em flagrante já havia vencido e não havia mandado de prisão preventiva expedido pela justiça de Xapuri.
Romano também disse que Francisco Barroso alega ter agido em legítima defesa. De acordo com a versão do acusado, Josemar chegou a sua casa armado na companhia de uma outra pessoa, que também estava portando arma de fogo.
Até o fechamento desta reportagem não havíamos conseguido conversar com o delegado Sérgio Lopes, coordenador da Polícia Civil na Regional do Alto Acre, que responderá pela delegacia de Xapuri até a próxima terça-feira, 26.
Outras informações a qualquer momento.