Uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado do Acre (STICCEA) nas redes sociais chamou a atenção.
A entidade convoca, com base na Convenção Coletiva de Trabalho, a CZS Construtora para uma reunião que seria de interesse dos trabalhadores.
O ac24horas indagou o presidente da entidade sobre os motivos da convocação. Dema de Assis, presidente do sindicato, faz sérias críticas à empresa, inclusive com acusações de que a construtora obriga os operários a fazer hora extra. “Essa empresa só porque os donos são poderosos e parentes de governador não obedecem o dissídio coletivo, obrigam os tralhadores a cumprirem excesso de jornada de trabalho e obrigam os trabalhadores a fazerem hora extra. São muitas irregularidades, não só dessa empresa. Por isso, estamos chamando cada uma para defender os trabalhadores. Eles acham que por causa da reforma trabalhista podem colocar os operários para trabalhar qualquer hora, sem respeitar os direitos dos operários da construção civil”, afirma Dema.
Outro acordo não respeitado pela empresa, segundo o sindicalista, é em relação ao sábado. O que acontece é que há um acordo para que os operários trabalhem durante os dias de semana uma hora a mais todos os dias. Somando de segunda à sexta, seriam 5 horas a mais de serviço que compensaria a jornada de trabalho de sábado para que os profissionais não tenham que trabalhar no sábado. O que acontece, segundo o sindicalista, é que no dia que um feriado cai no sábado, e que portanto o descanso já é garantido por lei, a empresa obriga o operário a trabalhar uma hora a mais durante a semana. “Eu, como sindicalista, com 33 anos na construção civil, classifico isso como roubo. E não é só a CZS não, quase todas as empresas tem feito isso”, explica.
A empresa CZS Construtora tem como proprietário o empresário Orleilson Cameli, filho do ex-governador Orleir Cameli e primo do atual governador Gladson Cameli.
O ac24horas entrou em contato com a empresa, mas a gerente administrativa da CZS Construtora, Cláudia Pereira, afirmou que a empresa não pretende se manifestar até conhecer o real motivo da convocação da reunião pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil marcada para a próxima segunda-feira, dia 18.