No final da manhã desta quinta-feira, 14, Maria José Doria Maciel, 46 anos, foi encontrada morta por populares em sua casa no bairro da Várzea. A morte, inicialmente foi tratada como sendo de causa natural, mas a tarde houve a confirmação do homicídio por enforcamento e há indícios de estupro.
As primeiras notícias na vizinhança, eram de que Maria José que seria usuária de drogas, havia morrido por estar com dengue e ter ingerido bebida alcoólica.
Houve desencontro de informações entre a família, o SAMU, polícia e IML. O corpo da mulher passou quase o dia inteiro em cima da cama onde teria sido assassinada.
O caso
O IML só faz o resgate, transporte e necropsia em corpos de pessoas vítimas de morte violenta ou de morte natural de pessoa não identificada. Em caso de morte natural, a família por meio de funerária, cuida do translado.
O técnico de necropsia do Instituto Médico legal de Cruzeiro do Sul, Marcos Barbosa, explica que foi chamado para atender o chamado pela primeira vez as 11 horas da manhã, mas logo em seguida, foi informado pela equipe do SAMU que não havia indício de morte violenta. Só a tarde, um outro médico informou ao IML, a morte violenta e ele, então levou o corpo para o Instituto.
“As 11 horas o médico do Samu falou que não tinha suspeita de morte violenta , mas depois de muitas horas outro médico da unidade do Bairro da Várzea falou que tinha suspeita de violência então toda polícia foi lá de novo e verificamos que realmente ela foi morta por enforcamento”, conta o técnico do IML.
A Assessoria de Comunicação da Polícia Militar de Cruzeiro do Sul, informou que “a equipe do SAMU que esteve no local, suspeitou de infarto, por isso, o perito alegou que não iria ao local” .
Horas depois, segundo a PM, uma médica da família comunicou que a vítima tinha sinais de estupro e somente após essa informação, o perito foi ao local.
O corpo já foi liberado e o caso de feminicídio será investigado pela Polícia Civil.