No ultimo sábado, 9, a Justiça Federal de Santa Catarina expediu mandado de busca e apreensão contra o comércio ilegal da vacina do sapo (kambô) , que estava com o cruzeirense conhecido por Abid Ysmirua, que diz ser da “tribo Unicauá”.
O fato é que ele não é índio e a tribo Unicauá não existe.
Adib é acusado de transportar e aplicar o kambô ilegalmente. Nas redes sociais, há anúncios de realização de cerimônias com o uso de Ayahuasca , rapé e kambô, com valor entre R$ 75 e R$ 90, chamado de “energia de troca”.
O mandado de busca foi cumprido pela Polícia Militar Ambiental, com apoio do Ibama. Além do kambô, com o cruzeirense também foram encontrados objetos feitos com ossos, dentes, penas e couro de animais silvestres.
Os índios Katukinas, Huni Kuin e outros do Acre , usam o kambô em práticas ancestrais. Mas em 2004, a Agencia Nacional de Vigilância sanitária- Anvisa proibiu o comércio, uso terapêutico da substância, bem como a propagação de que o Kambô tem propriedades medicinais.
Além disso, segundo o Ibama, o comércio ilegal também ameaça a sobrevivência da espécie, visada por traficantes da fauna silvestre.
A ação da Justiça Federal, Ibama e Polícia Ambiental em Concórdia é resultado de investigações sobre a captura dos sapos, a partir de anúncios veiculados na internet, e em locais onde ocorre a aplicação da toxina.
A Operação Kambô prossegue, tendo como alvo não indígenas que comercializam a vacina do sapo no Brasil e exterior.
Há registros de mortes, que podem ter sido causadas pelo kambô.
Com informações do Ibama de Santa Catarina.