Produtores rurais, especialistas e representantes dos setores agropecuário e ambiental participaram, nos dias 11 e 12 de novembro, em Rio Branco, da oficina de planejamento para elaboração de modelo simplificado do Programa de Regularização Ambiental (PRA).
O evento foi realizado na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (Faeac) e promovido pelo Sistema CNA/Senar, Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
Nos dois dias de encontro, foi discutida a criação de um modelo simplificado do PRA para o Estado, com base nos resultados do Projeto Biomas, fruto de uma parceria entre CNA e a Embrapa.
O projeto piloto está sendo desenvolvido com o apoio da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e do sistema de informação WebAmbiente. O modelo já foi apresentado no Amazonas, em Goiás e Minas Gerais.
Segundo a coordenadora do Projeto Biomas na CNA, Cláudia Mendes, a discussão é importante para garantir o cumprimento da legislação, ao mesmo tempo em que são disponibilizadas alternativas para os produtores resolverem os passivos ambientais sem prejudicar a qualidade da produção.
“As pesquisas precisam chegar ao campo, pois são assuntos importantes que podem facilitar todo o processo de regularização, sem esquecer o retorno financeiro envolvido com a adesão ao Programa”.
Entre as formas de levar essas informações ao campo, está o modelo de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar. No Acre, são atendidos 165 produtores de três cadeias produtivas (leite, pecuária de corte e mandioca), em 11 municípios. A previsão para 2020 é de que o número de produtores alcance a margem de 390, incluindo duas novas cadeias produtivas, café e fruticultura, e mais dois municípios.
De acordo com a coordenadora estadual da ATeG no Acre, Stefanye Torres, a ideia é montar um plano junto com as instituições responsáveis, pois a metodologia da ATeG tem potencial para ser trabalhada como ponte entre o PRA e os produtores.
“Isso não implica em uma mudança da assistência prestada às comunidades rurais. Pelo contrário, trata-se de uma parceria para otimizar ainda mais a informação ligada à terra, de forma que todos os produtores se sintam devidamente informados”, destacou.
O presidente da Faeac, Assuero Veronez, reforçou a urgência de uma resolução que não crie ônus para os produtores rurais. “No Acre, mais de 80% dos produtores são classificados como pequenos. São vários desafios que precisam ser trabalhados para unir a legislação com a produção do agro”.
Fonte: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
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