Divulgado na segunda semana de novembro pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), o estudo “Perdas nas atividades logísticas de grãos no Brasil” mostra que as perdas no transporte de milho no Acre chega a 0,48% da produção mas poderia ser de 0,36% se o transporte rodoviário e o armazenamento apresentassem situação adequada.
O estudo abrange as culturas de milho e soja, mas esta última não possui produção expressiva no Acre ainda. O desperdício no transporte poderia ser reduzido em 26%, diz a pesquisa da CONAB.
A CONAB calcula que a produção de milho no Acre esteja em 90,69 mil toneladas, resultado melhor que muitos Estados, como Espírito Santo, Rio de Janeiro ou Amazonas -o que não exime esses mesmo Estados desperdiçarem mais que o Acre na logística.
O Acre, mostra o estudo, é o quinto que menos perdas apresenta nas atividades de transporte do milho, perdendo apenas para Sergipe, que registra perdas de 0,15%; Pernambuco (0,25%) ou Piauí (0, 27%).
O estudo aponta soluções para redução das perdas, entre elas o incentivo à renovação de frota no país, estabelecimento de protocolos e rotinas de fiscalização de operações logísticas, calibragem periódica de balanças, melhoria nas condições das rodovias brasileiras e outras.
O Brasil perde no transporte de grãos das rodovias até os portos de embarque para exportação, especialmente de arroz, trigo e milho, percentuais de 0,13%, 0,17% e 0,10%, respectivamente.
Os índices, que incluem também a perda em armazenagem, foram divulgados na terça-feira passada (5), durante o 1º Seminário sobre Eficiência e Redução de Perdas no Armazenamento e Transporte de Grãos no Brasil, em Curitiba (PR).
O agronegócio é um dos fundamentos do projeto de desenvolvimento econômico do atual Governo do Estado do Acre. O texto está aberto à observações em relação ao estudo da CONAB.