Júlio Barbosa de Aquino, ex-prefeito de Xapuri e atual secretário-geral da Associação dos Moradores da Reserva Extrativista Chico Mendes no município (Amoprex), foi eleito presidente do Conselho Nacional dos Povos Extrativistas e Comunidades Tradicionais da Amazônia (CNS), antigo Conselho Nacional dos Seringueiros, para o quadriênio 2020-2023.
A eleição de Barbosa se deu durante o IV Congresso Nacional do CNS, entidade criada em 1985, em decorrência da luta liderada por Chico Mendes. O encontro, que começou na última terça-feira, 5, em Brasília (DF), e se encerra nesta quinta-feira, 7.
O congresso promove debates sobre a segurança dos territórios extrativistas ameaçados, segundo os dirigentes do CNS, pela desestruturação da política ambiental e pela paralisação dos programas econômicos e sociais de apoio à economia da floresta. Os extrativistas ainda debateram os prejuízos causados pelos danos ambientais produzidos por desmatamentos e queimadas ilegais, e sobre a perda dos meios de vida contaminados pelo óleo no Nordeste.
Na noite desta quarta-feira, 6, na Esplanada dos Ministérios, os extrativistas realizaram um protesto batizado de “Porongaço”, em defesa dos seus territórios e contra a política governamental de incentivo aos desmatamentos, queimadas, garimpagem e extração ilegal de madeira. Os manifestantes se concentraram em frente à Catedral de Brasília e caminharam portando em suas cabeças porongas usadas por seringueiros para percorrer a floresta à noite.
Eles caminharam até a Praça dos Três Poderes onde no Panteão da Pátria depositaram uma coroa de flores em homenagem a Chico Mendes, líder seringueiro que tem seu nome gravado no “Livro dos Heróis da Pátria”.
Nesta quinta-feira, 7, foi realizada, na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, uma audiência pública sobre defesa territorial e políticas públicas para as populações extrativistas.
A audiência, solicitada pelo deputado Airton Faleiro (PT-PA), teve a participação de representantes do Ministério do Meio Ambiente, do Ministério Público Federal, do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O novo presidente do Conselho Nacional dos Povos Extrativistas diz que o enfrentamento ao governo Bolsonaro é o grande desafio do movimento. Segundo ele, o governo tem uma visão equivocada da área por achar que as políticas ambientais são empecilhos para o agronegócio.
“O Brasil é um país continental. Nós não podemos olhar apenas para o agronegócio. A Amazônia é muito importante e tem uma população que trabalha valorizando a floresta, os produtos da sociobiodiversidade. Acho que com esse governo nossos desafios são maiores, porque não podemos deixar que nosso legado construído com muito sacrifício seja destruído por um governo que não tem noção do que está dizendo sobre os povos da Amazônia”, criticou Júlio Barbosa em entrevista ao site Vermelho.
Ainda nesta quinta-feira, as lideranças extrativistas iriam se reunir com os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Um “causo” sobre a travessia de um Igarapé com arraias foi o vencedor do campeonato…
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), participou neste domingo, 22, da inauguração da…
A Catedral da Igreja Batista do Bosque (IBB), em Rio Branco, foi palco na noite…
A cantora Lady Gaga será a próxima atração internacional a se apresentar gratuitamente na capital…
Após 21 horas de cirurgia, Preta Gil segue internada na UTI do Hospital Sírio-Libanês, em…
O editorial do ac24horas deste domingo terá a tendência de ser desagradável. Provavelmente deve ser…