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Ação de evangélicos em cemitério comprova que é possível a tolerância entre as religiões

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O Dia de Finados mais uma vez levou milhares de pessoas aos cemitérios da capital acreana. Segundo estimativa da prefeitura de Rio Branco foram mais de 30 mil.


Em sua grande maioria, os visitantes são católicos que mantêm a tradição de visitar o tumulo de seus entes queridos que já se foram.


Uma outra turma bastante numerosa é de ambulantes em busca de reforçar o orçamento familiar com a venda de velas, flores e água mineral.

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Mas também havia um pessoal vestido de amarelo que também chamava a atenção. Eles auxiliavam as pessoas com sombrinhas, distribuíam água mineral de forma gratuita e consolavam aqueles mais emocionados no túmulo de seus parentes e amigos.


A reportagem do ac24horas descobriu se tratar de membros de uma igreja evangélica localizada na região do Distrito Industrial de Rio Branco, a Comunidade Batista Vida. O curioso é que o Dia de Finados é uma data do catolicismo, que não é celebrada pelos evangélicos.


Questionado, Luis Carlos Negreiros, coordenador da atividade, falou sobre a presença da igreja em que faz parte na tradicional data católica. “Estamos aqui para servir as pessoas. Não temos que julgar quem é certo ou errado, esse não é o nosso papel. Estamos aqui para ajudar as pessoas que vêm até o cemitério homenagear seus parentes e amigos com uma água e oferecer um abraço para aqueles que estão mais sensíveis. Queremos mostrar que é possível as religiões se respeitarem, mesmo sendo diferentes em alguns pontos”, destaca.


A professora Maria do Nascimento, 52 anos, foi visitar o túmulo de um filho que morreu em um acidente de moto há 4 anos. Católica desde que nasceu, recebeu um abraço enquanto chorava no túmulo de seu filho e elogiou a ação da igreja.


“Achei bem bacana. Eu vim sozinha, tava ali triste quando chegou uma pessoa e me abraçou. Foi reconfortante”, disse Maria.


A ação mostra que em mundo cada vez mais intolerante e que as pessoas têm dificuldades de aceitar o pensamento contrário, ainda é possível conviver em harmonia e respeitar as opiniões diferentes.


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