Patrícia Oliveira Pereira, 41 anos, é um exemplo claro de como a saúde pública está longe de funcionar como deveria. A precariedade do serviço vai desde quem precisa de uma simples consulta em um posto de saúde e não consegue porque o número de fichas distribuídas é insuficiente para atender a demanda, como quem luta pela vida com uma séria doença como é o seu caso.
Patrícia foi diagnosticada em janeiro deste ano com Linfoma de Hodgkin, um tipo agressivo de câncer que se origina no sistema linfático. E aí se inicia a luta de Patrícia pela vida.
Desde que foi diagnosticada, Patrícia foi encaminhada para tratamento no Hospital do Câncer em Rio Branco. Estando em um hospital público, custeado por meio dos enormes impostos que a sociedade paga, Patrícia achou que ia ter um tratamento eficiente e tranquilo contra a doença. Ledo engano. “Eu entrei no Unacon dia 28 de janeiro. Quando fui começar o tratamento em fevereiro não tinha a medicação. O médico disse ou compra ou morre. Só estou aqui viva graças aos meus amigos e familiares”, afirma Patrícia.
Ela conta que fazendo contas por baixo, já gastou quase 15 mil reais com a compra de medicamentos. “A minha família faz um esforço, mas quem não tem condições? Eu posso citar vários remédios que comprei, entre eles o Bleomicina e Viblastina, além de uma vacina que é para aumentar a imunidade chamada Filgrastine que uma ampola custa 185 reais e tive que tomar 14 ampolas”, diz Patrícia.
O ac24horas fez uma consulta na internet sobre preços dos medicamentos Bleomicina e Viblastina. Na média ofertada no mercado, os dois medicamentos custam cerca de 600 reais.
Segundo a paciente, a falta de medicamentos se intensificou nas últimas semanas. Patrícia conta que um médico, que ela tece diversos elogios, chegou a chorar por não saber como tratar os pacientes sem a medicação. “Está faltando muito medicamento. Na segunda, morreu um paciente, ontem tinha uma menina muito mal e não tem medicamento. Outro medicamento que tá faltando é o brentuximabe vendotina.
A situação é tão grave que o Dr. Leonardo, que é um médico muito competente que nos atende no Unacon, chorou na minha frente porque disse que não sabe o que fazer para tratar os pacientes sem os medicamentos”.
O ac24horas procurou a gerente administrativa do Hospital do Câncer no Acre, Áurea Freitas, que admitiu a falta de medicamentos. “Desconheço que óbitos tenham ocorrido pela falta de medicação. A Unacon não realiza compras de medicação, estamos aguardando a Sesacre entregar alguns medicamentos que estão faltando”, afirmou.
Ao ser questionada quais eram os medicamentos que estavam faltando, mesmo em sua declaração se referindo no plural, ou seja, mais de um remédio, citou apenas o medicamento Ciclosfosfamida.
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