Com cerca de 3,3 milhões cabeças de gado (ou cerca de 4 cabeças por habitante) o Acre se prepara para iniciar, em 1º de novembro, a última campanha de vacinação contra a febre aftosa. Todo o rebanho bovino será imunizado.
A expectativa é que em 2020 o Acre seja considerado zona livre da doença sem imunização, depois de 20 anos consecutivos com duas campanhas anuais. Ele já é reconhecido há 14 anos pela Organização Mundial da Saúde Animal como zona livre com vacinação.
“Receber esse status (de zona livre da aftosa com vacinação, para nós é uma honra”, disse Alcides Teixeira, presidente do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Acre.
De acordo com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado (Idaf), mais de 2 milhões de vacinas já foram adquiridas para comercialização. “O papel do produtor não será mais vacinar e sim vigiar”, disse na manhã desta segunda-feira (28) o secretário de Agropecuária, Paulo Wadt. “Não temos dúvidas que o Estado ficará livre da aftosa”, completou o secretário.
De acordo com informações do governo acreano, para receber a certificação, o estado tem tomado uma série de medidas, como o reforço do quadro de funcionários que vão trabalhar mais em campo, pontos de fiscalização mais atuantes e investimento em tecnologia. A proposta é criar um canal de comunicação maior entre os produtores e o órgão de defesa. Pecuaristas também estão recebendo orientação para que redobrem os cuidados.
O Idaf estima uma economia de R$ 5 milhões por ano com a retirada da vacina. Outra vantagem do reconhecimento é que facilita o acesso a mercados internacionais que exigem o status livre da aftosa sem vacinação. Após a campanha, 102 processos serão auditados. Parte deles é de responsabilidade do Idaf mas muitas outras instituições estão atuando.
(Com informações EBC/Rádio Aldeia)
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