O vereador de Rio Branco, Mamed Dankar (PT), reafirmou seu descontentamento com seu partido, o PT, ao ac24horas, contudo não definiu uma data para desfiliação. A previsão, segundo ele, o anúncio oficial será no início do ano. Até lá, promete analisar a decisão com sua família.
Embora não tenha oficializado sua saída da sigla, Dankar (PT) ressaltou que não faz parte da base da prefeita Socorro Neri (PSB), desde janeiro, e diz que suas decisões nas votações estão se pautando com total independência.
“Acho que quando deve votar, eu voto! Eu votei favorável a iluminação porque acho que o projeto iria beneficiar, principalmente, quem mora nos bairros mais periféricos. Mas tenho feito muitas críticas, apontando muitos caminhos e pedindo muitos requerimentos e informações”. Recentemente, Dankar teve um Requerimento aprovado pelos colegas, no qual cobra que a atual prefeita informe o volume gasto e a quantidade de cargos comissionados e ainda a lotação de terceirizados.
Para Dankar, Socorro Neri tem se mostrado uma gestora idônea. “Ela fez as reformas que achou deveria fazer e, convidou as pessoas para serem seus assessores. Mas eu fico com ressalvas, em algumas questões, mas como cidadão eu não tenho nada a dizer acerca da lisura, honestidade, caráter dela. Apenas divergências sobre a condução de algumas ações como a Operação Verão, que tem gerado alguns problemas, em especial na área rural, pois tenho visto muitos produtores insatisfeitos, tanto que iremos realizar uma audiência pública para debater isso”.
Dankar contou que a sua relação com o PT não é boa. Ele diz que “todo mundo já sabe disso” e ele já está “analisando pra ver o que vai acontecer daqui pra frente”, principalmente o caminho que o PT vai tomar nas Eleições Municipais.
“Eu acho que o PT apesar de todos os erros, todas as dificuldades, toda a votação que teve ter sido quase varrido do mapa político. Perdeu senador, perdeu três deputados federais, perdemos cinco estaduais e, agora, só temos dois. E restou os quatro vereadores da capital”, ponderou.
Dankar avaliou que o problema do Partido dos Trabalhadores é que algumas pessoas não aceitam opiniões divergentes. “O problema não é com o PT, em si, é com algumas pessoas que não aceitam divergências de opinião”.
Indagado sobre quem seriam essas pessoas, Mamed diz que são grupos existentes no partido. Ele citou como exemplo, a questão da família, na votação do polêmico Estatuto da Família.
“Eu fui execrado em um grupo de Whatsaap (PT). Tenho todas as postagens e prints de pessoas que não souberam respeitar a minha opinião. Sou uma pessoa católica e tenho o meu ponto de vista. Me posicionei, conforme o que eu entendia, mas sem ofender ninguém, e eu fui chamado de petista homofóbico por pessoas de expressão dentro do Partido que estavam na votação naquela época, inclusive uma delas era secretaria municipal Lidiane Cabral, e outros mais”.
“Sabe o que mais me chateou? não teve nenhuma defesa em meu favor, apenas o deputado estadual Lourival Marques que, na época, pediu pra respeitarem a minha opinião. Por essas e outras não me sinto acolhido por determinados grupos que existem e que dominam o partido, o que tenho que fazer? procurar novos caminhos. E talvez seja essa saída”, pondera Dankar.
Sobre as críticas que o ex-senador Jorge Viana fez no último congresso do PT realizado no Palácio do Comércio, dizendo que figuras de expressão como Marcos Alexandre e Raimundo Angelim não eram valorizados pela administração, Dankar considerou coerente e que pessoas como Raimundo Angelim deveriam ser reconhecidas.
“Eu também acho, que pessoas como o professor Angelim, que foi oito anos prefeito. Eleito entre os melhores prefeitos do país. Deixou a prefeitura em um estado muito bom. Hoje todo mundo fala que enfrenta um pouco de dificuldade, mas ninguém lembra como Angelim pegou a prefeitura. Ele é uma pessoa qualificada, foi deputado estadual e federal. Ele construiu muito, mas se a gente só olhar só o problema da herança ruim a gente fica preso nisso. Jorge Viana tem também enorme potencial e seria outro nome para concorrer a Prefeitura de Rio Branco”.
O vereador explica que quem está assumindo as rédeas são pessoas mais ligadas a grupos, as mesmas que estavam também dominando a eleição do ano passado. Enquanto pessoas altamente capacitadas e com excelente reputação como o professor Angelim não estão assumindo as rédeas desse momento delicado do partido.
“Essa é a opinião de um simples vereador. Para mim foram adotadas estratégias erradas como, por exemplo, lançar dois senadores. Isso foi uma coisa muito errada, a questão de não terem mais candidaturas federais, perderam todas as três vagas. Eu era um que defendia e, inclusive, coloquei o meu nome a candidato a deputado federal para poder ter 500 ou 600 votos e também que outros companheiros também tivesse a oportunidade e, com isso, poderia ter ajudado, e o resultado tá aí”, analisou.
Mamed diz que respeita Cesário Braga e Selma Neves que foram escolhidos como dirigentes do PT, mas lembrou que durante seus dois primeiros anos na Câmara teve pouco contato com o diretório municipal. “Às vezes que presidente veio aqui foi uma ou duas vezes, nós nunca tivemos orientação, principalmente desse projeto polêmico do estatuto da família, e são coisas particularmente que eu não abro mão porque não sou político profissional. Eu estou na política até 2020, agora daqui pra frente se eu vou continuar ou não, tentando outra vaga, aí já é uma decisão que tomarei com minha família”.
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