Dos 22 municípios do Acre, apenas seis foram contemplados com a quase totalidade de R$ 93 milhões destinados a abertura e manutenção de ramais no Acre. Os recursos são oriundos de Emendas da Bancada Federal do Acre, em Brasília, que deveria ter sido usado em 2018, mas que por falta de projeto e perda de alguns prazos, o atual governo Gladson Cameli teve que refazer todos os projetos para que esse recurso não fosse perdido.
A má distribuição dos recursos, somente para 6, foi questionada pelo deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) na tribuna da Assembleia Legislativa na sessão desta terça-feira, 22. Segundo o parlamentar, foi feito um esforço para que esses recursos fossem distribuídos para todos os municípios.
“Teve uma reunião desastrosa com os prefeitos e dos R$ 93 milhões, com direito a publicação edital na praça somente para Rio Branco, Plácido de Castro, Porto Acre, Epitaciolândia, Xapuri e Brasiléia. O que é estranho que o município de Cruzeiro de Sul, o maior produtor de farinha do Brasil, não receberá nenhum centavo para os ramais”, questionou.
Segundo um documento disponibilizado pelo deputado, Rio Branco receberá mais de R$ 17 milhões, Porto Acre ficará com R$ 23 milhões, Plácido de Castro com R$ 12 milhões, Epitaciolândia com 26 milhões, Xapuri com R$ 6 milhões e Brasiléia com R$ 4 milhões.
Edvaldo afirmou ainda que em reunião com os prefeitos, o governador Gladson Cameli teria decidido suspender os editais de licitação.
O discurso de Magalhães foi endossado pelo também deputado Jonas Lima, do PT. O parlamentar, que criticou a postura de distribuição dos recursos para ramais, já que havia sido pactuados que todos os municípios recebem os recursos.
Nos bastidores, comenta-se que a distribuição desses recursos para os ramais nos municípios obedeceram critérios políticos partidário, pois recentemente os prefeitos de Porto Acre, Bené Damasceno, e o de Epitaciolândia, Tião Flores, se filiaram no partido Progressistas, sigla do governador do Estado.