A falta de recursos e investimentos adequados, especialmente nas áreas de saúde e assistência social, preocupam o prefeito de Assis Brasil, Antônio Barbosa de Souza, conhecido como Zum.
O aumento populacional nos últimos anos no Município não foi acompanhado de acréscimos proporcionais na verba, segundo o gestor. Por isso, ele se reuniu com especialistas da Confederação Nacional de Municípios (CNM), na última sexta-feira, 18 de outubro, para receber orientações que possam ajudá-lo diante do cenário de dificuldade financeira.
Para otimizar o orçamento, uma das sugestões dadas pelo analista técnico de Saúde da entidade Akeni Lobo é se organizar para evitar a devolução de recursos ao governo federal. “Se receber uma emenda, recomendamos que coloque no plano de saúde todo o valor. Assim, se você não gastar todo o dinheiro com o objeto a que se destina, poderá usar o que sobrar para outra ação na saúde”, explicou.
Uma das reclamações do prefeito de Assis Brasil é o alto gasto com deslocamento de pacientes. “Gasto muito com tratamento fora, na capital, e não estou recebendo nada por isso”, pontuou. O município fica a cerca de 350 quilômetros de Rio Branco. O gestor também recebeu informações para solicitar recursos para esta finalidade via governo estadual e Ministério da Saúde.
A recente conquista municipalista da cessão onerosa também foi pauta do atendimento técnico na CNM. Entre outros assuntos, o analista da área de Estudos Técnicos Wanderson Rocha explicou os trâmites da proposta e os valores estimados que cada Município deve receber, por meio dos critérios do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Em 2010, Assis Brasil teve uma extensão territorial
De acordo com o prefeito, o território que era de 2,9 mil km² passou para 4.974,2 km². Hoje, a estimativa populacional da cidade é de cerca de 7 mil habitantes e o coeficiente é 0,6. “Temos vários indicadores de que a nossa população é muito maior”, disse Zum à Agência CNM de Notícias.
Segundo cálculos da prefeitura, a população atual está entre 12 e 14 mil habitantes. Eles consideraram o número de eleitores, as matrículas na rede de ensino e os atendimentos de saúde para chegar a essa estimativa. A expectativa é que o Censo Demográfico de 2020 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) corrija as distorções.