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Acre é o último no Ranking de Competitividade dos Estados

Divulgado na tarde desta  sexta-feira (18) pelo Centro de Liderança Popular (CLP),  o Ranking de Competitividade dos Estados 2019 não traz nenhuma notícia boa para o Acre mas, muito ao contrário, acende de modo peremptório  o alerta vermelho nos corredores do Palácio Rio Branco. 


Repetindo o feito de 2018, o Acre ficou na última colocação no ranking que mede 69 indicadores em 11  grandes pilares (Inovação, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Eficiência da Máquina Pública, estão entre eles)  realizando algo como uma draga de garimpo, que pega a terra suja, lava até chegar ao melhor material. 


Na lanterna com nota geral 30,2, às vezes há como buscar alento em outros Entes Federados pois  16 tiveram piora nas contas públicas ou mantiveram a situação fiscal estagnada no ano passado , segundo esta  8.ª edição do RCE. No entanto, há sim que avaliar o que está acontecendo para que se adotem medidas objetivas de curto, médio e longo prazos visando tornar o Acre mais competitivo e atraente, já que o Estado segue a tendência nacional e está gerando algum emprego. 


O ac24horas consultou dois doutores em Economia para entender melhor o porquê de tamanha falta de competitividade. Um deles, o professor Rubiclei Gomes,  conhece o RCE e outro não tinha, até o meio-dia desta sexta-feira, acesso à esta versão do ranking mas as conclusões são objetivamente as mesmas. O pesquisador Carlos Estevão observa que o ambiente geral  do Acre se parece com o do Brasil e está pouco atraente. 


“Isso não é de agora”, disse Carlos Estevão . De fato, o Acre esteve até melhor posicionado há uns seis anos passados mas perdeu posições em 2014, melhorou em 2016 e despencou para a lanterna em 2018 e 2019. 


Assim como na edição de 2018, São Paulo segue na primeira colocação no Ranking.  Da mesma forma, Santa Catarina permaneceu na segunda posição, Distrito Federal, na terceira e Paraná, na quarta. Ou seja: os melhores do passado seguem na liderança na atualidade. 


O Acre ficou com nota 9 em Capital Humano, sendo alçado à 16ª colocação, o melhor posicionamento. Em Inovação  ficou na 22ª colocação; Potencial de Mercado (20ª colocação); Sustentabilidade Ambiental (23ª colocação); Eficiência da Máquina Pública (26ª colocação), e tirou  nota zero em Infraestrutura (27ª posição). 


Em  Segurança Pública ficou na 9ª posição; Educação (18ª posição); Sustentabilidade Social (24ª posição), e Solidez Fiscal (17ª posição). 



No pilar Capital Humano o Acre subiu 9 posições em relação ao ranking de 2018, algo que deve ser observado pelas autoridades. “No curto prazo não dá para fazer muita coisa. Tem de ter uma política de Estado, nunca de governo, para se criar as condições mínimas  de atratividade”, observa Rubiclei Gomes, cuja avaliação aponta para a floresta como importante ativo do Acre.


O Governo do Acre tem gerado algum ruído com medidas econômicas que trazem impacto no médio prazo, incluindo os serviços ambientais, e, trabalha fortemente para manter o equilíbrio fiscal. 


O agronegócio, a grande bandeira do governo de Gladson Cameli para o desenvolvimento econômico,  se alavancado agora com políticas públicas objetivas só deve dar resultados expressivos em cinco anos, segundo prevê um estudioso.   


Até lá, o motor econômico mais eficiente continuará sendo  o bom e velho contracheque do Governo. 


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