O governador Gladson Cameli reuniu na manhã desta sexta-feira, 18, os chefes dos Poderes Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas e representantes da Defensoria Pública para explicar as mudanças que ocorrerão com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que foi alterada nesta semana em votação polêmica e conturbada na Assembleia Legislativa pela maioria dos deputados pertencentes a base do governo.
“Eu convidei para fazer todos os esclarecimentos a cerca da LDO. Tirar todas as dúvidas. É aquilo que tenho falado, eu não vou governar só. Eu não quero o que seja bom para o executivo que não debatido com os demais poderes. Eu externo que todo debate sentado, dialogado, a gente tem que esticar o máximo que puder. A realidade é que tem uma conta e alguém tem que pagar, alguém vai ter que fazer o sacrifício. O que não dá é que tomem as decisões, que fiquem na dúvida e que não encontremos uma solução”, disse o governador.
Cameli disse que o Estado vem fazendo todos os ajustes econômicos para que o governo possa honrar os repasses constitucionais. “Primeiramente nós estamos fazendo todos os ajustes econômicos para que a gente possa honrar com os compromissos, com os repasses, porque não é só a situação do executivo, nós temos todas as instituições, os poderes ao qual tem todo o meu respeito. Nós estamos vivenciando ai e o governo federal tem cobrado muito que é o PAF (Plano de Ajuste Fiscal)” salientou o chefe do Palácio Rio Branco.
O governador afirmou que não poderia empurrar o debate para o ano que vem ressaltou a importância de um alinhamento institucional. “O Acre, o executivo, está acima do limite e precisamos ajustar. Eu tenho falado constantemente da venda da dívida, da negociação que já estamos nos trâmites finais e hoje eu convidei os poderes, as instituições para vir tomar um café para que esse debate fosse feito. Debatemos, tiramos algumas dúvidas que circulam, que as pessoas comentam, mas a realidade é que tem uma conta e alguém tem que pagar. A gente só pagar se houver um alinhamento, um ajuste e um debate. O que não dá é postergar para o ano que vem. Eu não vou fazer isso. Eu parto do princípio que toda a situação, seja negativa ou positiva, que ela seja colocada na mesa e debater”, destacou.
“Eu não estou tomando nenhuma decisão monocrática. Eu estou indo ao limite para o debate. Agora o que eu não vou fazer e quero deixar claro, é politizar a situação. Todos sabem, todos são testemunhas da minha luta que estou tendo constantemente nesse elemento. Agora não dá para todo dia eu ficar sabendo se eu vou tomar café, almoçar ou jantar. O que nós precisamos e dar uma resposta a sociedade e principalmente ao povo. E essa resposta a gente só consegue com o reconhecimento e a soberania dos poderes, o respeito e o fortalecimento da nossa democracia”, disse.
Durante o encontro, o procurador-geral do Estado, João Paulo Setti, explicou toda a situação financeira do Estado e o efeito da lei aprovada na Assembleia Legislativa.