A saga começou há mais de dois meses, quando 60 homens começaram a abrir picadas na mata com terçados e outros utensílios, que terminou neste final de semana, quando o prefeito de Porto Walter, Zezinho Barbary, rompeu os 35 km na trilha entre Rodrigues Alves e Porto Walter, com mais de cem trilheiros em motos e quadriciclos alcançado o Rio Juruá Mirim e em seguida, chegando à cidade.
A trilha é o traçado da estrada que o prefeito espera que seja feito pelo governo do Estado por meio do Deracre.
Zezinho Barbary cita que a viagem foi uma demonstração da possibilidade da ligação terrestre entre Porto Walter, Rodrigues Alves, Cruzeiro do Sul e o restante do Acre. “Se o governo quiser dá para fazer a estrada tão sonhada por toda a população de Porto Walter. Fiz questão de vir vencendo os desafios pra provar que não há motivos pra esse isolamento e que a ligação é totalmente viável”, destacou.
O abastecimento de Porto Walter, (de comida, combustível e outros itens) é feito por meio de embarcações pelo Rio Juruá. Este ano, no auge do verão Amazônico, o volume do manancial em Porto Walter chegou a 29 centímetros, dificultando a nevegabilidade e evidenciando ainda mais a necessidade da ligação terrestre entre a cidade e o resto do Estado.