O estado do Acre registrou nos primeiros 11 dias de outubro um total de 275 focos de queimadas, segundo relatório diário do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), atualizado nesta sexta-feira, 11. No entanto, 179 desses focos ocorreram apenas nas últimas 48 horas, o que representa mais de 10% do total monitorado em todo o Brasil nesse mesmo período.
Quatro municípios acreanos estão entre os 10 que mais registraram focos de queimadas nesse espaço de tempo. Brasiléia, com 10 focos, chega a empatar em 1º lugar com o município campeão de queimadas no Brasil em 2019: Corumbá, no estado do Mato Grosso. Xapuri aparece em terceiro nesse ranking com 30 focos. Em seguida, Sena Madureira (28) e Epitaciolândia (22).
Os índices também apresentaram elevação nas últimas 48 horas nas áreas protegidas no Acre. Foram registrados 43 focos de queimadas na Reserva Extrativista Chico Mendes e 6 ocorrências na Floresta Estadual do Antimary.
Na Amazônia
Queimadas caem
Os dados do Inpe mostram que as medidas tomadas pelo governo federal no mês de agosto, enviando apoio militar para o combate às queimadas na Amazônia ajudaram a reduzir em 19% os focos de incêndio no mês passado na comparação com setembro de 2018. O decreto presidencial que garante o reforço federal na região vigora até o próximo dia 23 de outubro.
Desmatamento sobe
O Inpe mostra ainda que na Amazônia, em setembro deste ano, o desmatamento subiu 96% em comparação ao mesmo mês do ano passado. A área sob alerta de desmatamento na Amazônia chegou a 1.447,4 km² neste mês. De janeiro a setembro, o Sistema de Detecção do Inpe (Deter), já emitiu alertas de desmatamento em áreas que somadas chegam a 7.853,9 km².
O objetivo do Deter não é medir precisamente a área desmatada, mas emitir alertas para a fiscalização. A comunidade científica reconhece que os dados apontam uma tendência que depois se confirma pelo sistema Prodes, que faz um levantamento anual do desmatamento. Os dados do Prodes devem sair em novembro.