Uma reunião entre o governador Gladson Cameli e a executiva estadual do MDB que ocorrerá nos próximos dias deverá sacramentar se o partido que conta com três deputados estaduais na Assembleia Legislativa e dois federais em Brasília apoiará de fato a atual gestão do Palácio Rio Branco ou se seguirá o caminho da oposição. Pelo menos é o que ficou subentendido após ac24horas consultar membros da sigla que pediram reservas na divulgação de seus nomes e também o próprio na opinião do próprio governador.
O imbróglio entre a executiva envolvendo Cameli e o MDB vem desde a transição e da escolha de parte do secretariado da atual gestão. O partido de Flaviano Melo, Roberto Duarte, Vagner e Jéssica Sales acredita que “não faz parte do governo por não ter sido convidado desde o início para compor”. Os membros da executiva do partido colocam que as indicações de Maria Alice, para Gestão e Planejamento e Eliane Sinhasique, para Empreendedorismo e Turismo, foram escolhas pessoais do atual governador e não passaram pelo crivo da executiva.
Um dos membros consultados por ac24horas afirmou que apesar dos cargos, o MDB não se sente contemplado. “Nós nunca fizemos parte de fato desse governo. Tivemos uma postura desde o inicio. O governador convidou Sinhasique e Maria Alice sem conversar conosco, mas não só com elas, mas em todas as outras questões da estrutura de governo”, disse.
O ac24horas repassou a insatisfação da executiva do MDB que teria fechado questão. Para Cameli, a reunião deverá ser um divisor de águas. “Já sinalizei com a reunião e espero que eles digam tudo isso que você está me dizendo na minha cara. Maria Alice foi secretária do Flaviano, gente da mais alta confiança dele, e Sinhasique foi candidata a prefeita pelo MDB, como é que podem me dizer que o MDB não foi contemplado?”, questionou o governador.
Cameli afirmou ao ac24horas espera que toda a história seja esclarecida e não que fique nessa afirmações de recados por terceiros. “Acredito que o MDB é importante, quero muito na minha base de apoio, mas tudo tem um limite. Eles, não importa se é o Flaviano, Vagner ou qualquer outro devem decidir se vão apoiar ou não. Não tenho tempo para ficar com picuinhas. Isso é muito pequeno. Quero paz para poder trabalhar”, destacou.
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