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Mais de 93 mil pessoas viveram deslocamentos forçados no Acre

Published by
Edmilson Ferreira

Pelo menos 93,5 mil pessoas viveram deslocamentos forçados no Estado do Acre entre os anos de 2000 e 2017. Estrangeiros e nacionais afetados por enxurradas, alagações, inundações e pelas obras de infraestrutura de bairros em cidades como Sena Madureira e Rio Branco fazem o perfil dos deslocados, diz o Observatório de Migrações Forçadas, uma plataforma do Instituto Igarapé.


O Observatório de Migrações Forçadas é uma plataforma digital que possibilita a visualização georreferenciada e interativa da distribuição de deslocados internos no Brasil ao longo do tempo.


O objetivo da ferramenta, diz o Igarapé, “é chamar atenção para o escopo e a escala do deslocamento forçado no Brasil. Pretende-se que o Observatório sirva de instrumento para pesquisa e tomada de decisão voltada à formulação de políticas públicas para migrantes, fortalecendo os direitos de pessoas atingidas pelo deslocamento forçado”.


A migração forçada não está absolutamente relacionada aos refugiados. “Quando as pessoas pensam em migração forçada, elas se lembram dos refugiados. Há uma boa razão para isso – refugiados enfrentam uma série de vulnerabilidades e possuem direito à proteção e assistência internacional”, explica o Instituto Igarapé.


Contudo, completa, muito menos atenção é dada às pessoas deslocadas em seus próprios países, especialmente aquelas forçadas a se deslocar em função de enxurradas, inundações, deslizamentos ou devido à construção de barragens e rodovias.


Embora os deslocados internos enfrentem desafios semelhantes aos dos refugiados, são raras as políticas e programas voltados a atender às suas necessidades. No Acre, famílias foram inseridas em programas sociais ou transferidas para a Cidade do Povo em função dos alagamentos e outros desastres naturais.


Entre 2000 e 2017, a maior parte dos deslocamentos forçados no Brasil ocorreu na região Nordeste (27%) e Sul (26%) e Sudeste (26%). A região Norte tem 19% das migrações forçadas enquanto que o Centro-oeste é a região com a menor porcentagem, 2%.



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Edmilson Ferreira

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