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“Quem tem uma base como a minha não precisa de inimigos”, diz Cameli

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Em entrevista ao jornalista Alexandre Gomes, na Rádio Juruá FM, na manhã desta sexta-feira, 27, o governador Gladson Cameli falou em temas polêmicos, como sua base na Assembleia Legislativa, dívidas do Estado e o fim do Tratamento Fora do Domicílio (TFD).


Se declarando “extremamente feliz por estar no primeiro aniversário de sua cidade, Cruzeiro do Sul”, Gladson afirmou que vai resolver vários problemas de infraestrutura com recursos da venda da dívida do Estado para um único banco, o que vai gerar economia de R$ 100 a R$ 200 milhões por ano.


O governador voltou a reafirmar que em outubro o Estado paga a última parcela do décimo terceiro salário dos servidores públicos, deixado em atraso pelo ex-governador Sebastião Viana e também paga dia 11 de dezembro a segunda parcela do décimo de sua gestão.

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Sobre a Assembleia legislativa, Gladson disse em tom de ironia: “quem tem base como eu não precisa de inimigos e a oposição faz o papel dela”. Sobre os vetos, aos projetos do executivo pelos deputados, Cameli disse que “cada um deve assumir o que faz, mas que não ficará refém de situações como ter teto estabelecido apenas para o executivo e não estendido aos demais poderes”.



Sobre os comissionados apadrinhados de deputados exonerados, o governador voltou a ressaltar que não foi uma retaliação. “Quem trabalha não sai. Não adianta dizer que tem padrinho deputado. Eu sou o único padrinho aqui. E mais, o Tesouro Nacional precisa que eu cumpra metas fiscais até para conseguir negociar essa dívida do Estado, por isso, è preciso enxugar. Mas não houve ruptura e respeito muito o legislativo”.


E a saúde, de acordo como mandatário segue sendo o Calcanhar de Aquiles da gestão por “descompromisso e ego de muitos”. Para desburocratização da pasta, o executivo enviará para a Assembleia na próxima semana, projeto que possibilita contratações nos moldes do Hospital de Base de Brasília, que facilitará a solução para os servidores do Pró-Saúde. “Nós precisamos de anestesistas e não há como contratar. Então vamos reduzir a burocracia e a descentralização da saúde também será importante nessa modernização da pasta”.


A UPA de Cruzeiro do Sul seguirá o padrão Hospital de Base de Brasília. E no Hospital do Juruá seguem as freiras . ” Tenho que cumprir o contrato, não atraso pagamento e quero o melhor tratamento para a população”.


A intenção do chefe do executivo é acabar com o atual modelo do Tratamento Fora do Domicílio (TFD), onde o governo paga empresas aéreas que levam pacientes do interior pra capital e para outros estados. A solução, de acordo com Gladson, já começou a ser dada com o avião doado pelo governo federal, que já atua no Acre e mais um helicóptero, que chegará nos próximos dias.


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