Caminhoneiros que fazem o transporte de insumos para a obra de recuperação da BR-317 fecharam, no fim da tarde desta terça-feira, 24, as duas usinas de asfalto instaladas no trecho entre o Entroncamento, na entrada para Xapuri, e a fazenda Araxá, na divisa com o município de Epitaciolândia.
Desde o mês de julho, serviços intensos vêm sendo realizados nos pontos mais críticos da rodovia, que tem a previsão de ser restaurada desde a divisa do Acre com o Amazonas até o município de Assis Brasil. O consórcio de empresas que venceu a licitação é o mesmo que já executa as obras da BR-364 entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul.
Informações de um trabalhador que presta serviços em um dos canteiros de obras da rodovia federal confirmam que as duas usinas de asfalto, uma localizada na fazenda Boca do Lago e outra nas imediações da fazenda Araxá, foram paralisadas pelos caminhoneiros que reclamam pagamentos que ultrapassam os três meses de atraso.
Conseguimos contato com o analista de infraestrutura de transportes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT-AC), João Nicácio Rodrigues Neto, que ainda não tinha conhecimento do ocorrido. Depois de confirmar o fechamento das usinas, nos retornou e comunicou que o impasse foi resolvido ainda nesta terça-feira. “Pessoal respondeu que sim e resolveram”, informou.
Compromisso do governo federal
Os investimentos na BR-317 foram anunciados ainda no mês de março deste ano quando o governador Gladson Cameli fez a sua primeira visita à regional do Alto Acre, acompanhado do superintendente DNIT-Ac, Carlos Henrique de Assis Moraes. A garantia dada por Cameli foi resultado do compromisso assumido com o governante acreano pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ainda no começo do ano. A obra de recuperação da BR vai receber investimentos de quase R$ 300 milhões nos próximos dois anos e meio. Só para esse ano, a previsão do departamento nacional é de que sejam gastos R$ 40 milhões na rodovia federal.