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Quem é o novo conselheiro do governador Gladson capaz de implodir até relações com aliados?

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A canetada histórica que exonerou de uma única vez 340 cargos comissionados revela uma mudança de perfil bonançoso do governador do Acre, Gladson Cameli, por uma ação aviltante que implodiu sua base de sustentação na Assembleia Legislativa do Acre.


O estilo, inspirado no roteiro semelhante de Donald Trump, coincidentemente, ocorreu horas antes do embarque do governador aos Estados Unidos onde cumpre agenda ambiental.


Embora a equipe de comunicação do Palácio Rio Branco se esforce para apagar o incêndio em torno das exonerações, com a desculpa esfarrapada de equilíbrio das contas públicas, as relações de quem foi colocado no olho da rua com a base de deputados deixam claro que a medida foi uma retaliação a derrubada dos oito vetos por 20 deputados da Assembleia Legislativa, a maioria, de sua base de sustentação política.

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Se no primeiro impacto todos queriam saber quem estava ou não na “lista do DO”, a grande pergunta que toma conta dos corredores das repartições públicas em todo o estado agora é: quem vem aconselhando o governador Gladson Cameli?


Tido como fleumático, Cameli surpreendeu até os mais experientes analistas políticos ao mostrar que “quem manda sou eu”. Há quem afirme que por trás dessa decisão, existe um novo grupo de assessores que se aproximou do Palácio Rio Branco, tirando de sua relação mais próxima, pessoas influentes, como o Chefe da Casa Civil, Ribamar Trindade, um dos responsáveis por resguardar a imagem do governador, filho do poderoso empresário Eládio Cameli.


“Observe que o comando foge das características iniciais de uma gestão criteriosa, cautelosa, pensada, planejada. O governador é imediato, mas nunca foi vingativo” disse um assessor que frequenta a cozinha do Palácio e que pediu para não ter seu nome revelado.


A esse grupo se atribui o racha histórico do governador com o deputado José Bestene que até janeiro deste ano, era um dos maiores articuladores políticos e pessoa de extrema confiança da família Cameli.


A notícia de afastamento de Bestene do grupo de influentes do Palácio Rio Branco já chegou à mansão de Eládio, em Manaus. Vista como corajosa por muitos internautas que repudiam a relação histórica de “toma lá, dá cá” entre o executivo e o legislativo, a decisão é encarada por experientes gestores como mais uma “canelada” trocada por debaixo da mesa do governo em nove meses e meio de gestão.


Durante encontros com pelo menos 8 secretários durante a última quarta-feira (18), em seu escritório particular, Cameli teria sido orientado a tomar uma decisão mais moderada com relação à base da Aleac. A orientação da canetada teria vindo de um influente conselheiro que reside em Brasília, na quinta-feira, mesmo dia em que o governador decidiu pela permanência do coronel Jorge Rezende como subsecretário de saúde.


“É uma espécie de antigoverno, gestão do caos, do conflito, do medo, isso não é o perfil de Gladson Cameli”, voltou a analisar um assessor do Palácio Rio Branco.


Durante reunião que entrou noite à dentro na Assembleia Legislativa com o vice-governador Major Rocha, acumularam-se polêmicas dentro do governo e críticas dos parlamentares novatos e veteranos que o apoiaram durante a campanha presidencial.


O que deve acontecer até a próxima terça-feira (24) quando o governador volta a se encontrar com a base de deputados após os cortes, ninguém sabe. Otimista, o governador em exercício, Major Rocha, acredita em um caminho de entendimento.


Está descartada a possibilidade do pedido de impeachment do governador, Rocha chegou a dizer que até pediria licença do cargo diante da proposta considerada esdrúxula. Uma coisa é certa, a nova base que será construída será menor e o estado poderá enfrentar dificuldades na aprovação de projetos ou alterações na Constituição Estadual, medidas que exige 3/5 de votos.


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