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Gladson pede paciência e diz que não vai demitir “coronel da saúde”

Por
Leônidas Badaró

À portas fechadas o governador Gladson Cameli, acompanhado de seus principais secretários, entre eles Mônica Feres, da Sesacre, e Alysson Bestene, da articulação política, recebeu na manhã desta quinta-feira, 19, os representantes dos sindicatos ligados à saúde.


Na mesa de discussão, revisão do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCR), etapa alimentação e a regularização do Pró-Saúde, reivindicações que levaram a greve na saúde estadual, que só acabou por conta da ilegalidade apontada pela justiça que determinou a volta ao trabalho.


Outra reivindicação é a demissão do secretário adjunto de saúde, o coronel do Exército Brasileiro, Jorge Rezende, que durante a greve foi acusado de ter tentado agredir o deputado estadual Jenilson Leite (PSB) e supostamente teria chamado os trabalhadores em saúde de vagabundos.


Apesar da insatisfação dos sindicatos pelo pouco avanço nas pautas de negociação, a postura de Gladson foi elogiada pelos próprios sindicalistas.


Outra novidade é ter em mesa de negociação a presença de um deputado de oposição, como foi o caso de Jenilson Leite (PSB). No último governo, a presença de um deputado opositor em um momento de discussão com um sindicato que acabou de fazer uma greve era algo impensado.


Gladson reconheceu a legitimidade das reivindicações, mas pediu paciência aos sindicatos. “Não faz parte da minha personalidade me esconder atrás dos problemas. Mas se o Estado quebrar, estamos todos lascados. Estou com meu limite de gastos acima do permitido por lei e preciso vender todas as dívidas do estado, o que deve acontecer no máximo até 15 de novembro”, afirmou.


Os sindicalistas explicaram que após o episódio registrado durante a greve fez com que houvesse mais clima para se sentar com o secretário-adjunto.
Gladson foi firme e reafirmou que não vai demitir o Coronel Rezende. “O coronel Rezende teve seus excessos, teve, e isso não vou negar. Não estou aqui o defendendo, mas se coloque no lugar dele, é importante a gente sempre se colocar no lugar do outro”, disse Cameli.


Os sindicalistas lembraram ainda que é um compromisso de Gladson melhorar as condições de trabalho nas unidades de saúde.


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Leônidas Badaró

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