A promotora de justiça substituta de Xapuri, Bianca Bernardes, informou nesta quinta-feira,12, que o Ministério Público vai apurar as informações de mau funcionamento dos serviços prestados pelo Hospital Epaminondas Jácome.
A representante do MP visitou a unidade hospitalar após tomar conhecimento de que vários setores ficaram alagados após uma forte chuva que atingiu a cidade na última quarta-feira, 11. Lá, ela foi informada também da falta de médicos na escala de plantões semanais, entre outros problemas.
Na tarde desta quinta-feira, 12, a promotora recebeu, na Unidade Ministerial de Xapuri, o gerente do hospital Epaminondas Jácome, João Honorato Cardoso, para melhor se inteirar das deficiências que a instituição apresenta. Bianca Bernardes diz que a intenção do MP é a de agir junto ao Poder Executivo Estadual para que medidas urgentes sejam tomadas para melhorar o atendimento à população.
“Constatamos os problemas, conversamos pessoalmente com pacientes, funcionários e com o diretor do hospital. Também há uma defasagem no quadro de médicos, vamos apurar isso para ver a necessidade de profissionais para cobrir essa deficiência e reunindo todas essas provas e testemunhas nós vamos buscar juntos aos poderes executivo e judiciário encontrar a melhor prestação de saúde no âmbito do hospital”, afirmou.
O gerente João Cardoso avaliou que a conversa com a promotora foi produtiva e disse que acredita que a apuração do Ministério Público será de grande contribuição para a solução dos problemas do hospital. Ele mais uma vez admitiu que a UH enfrenta dificuldades, mas pontuou que há exageros nas críticas que são feitas por usuários e servidores.
“Existe um certo alarme quando se diz que todo o hospital está alagando. Há, realmente, algumas goteiras, mas nada que inviabilize o hospital. Quanto ao aparelho de raio-x, estamos com o maior quebrado, em manutenção, mas temos um portátil que está funcionando normalmente, apesar de possuir limitações para alguns tipos de radiografias”, justificou.
Usuários e servidores reclamam da falta de médicos de plantão em dois dias da semana. A direção da unidade busca a contratação, junto à Sesacre, de mais um profissional. O principal aparelho de radiografias do hospital está em manutenção e o portátil que está em utilização é limitado para alguns diagnósticos. Servidores denunciam a falta de materiais básicos e a impossibilidade da realização de pequenas cirurgias.
A direção do hospital tem reconhecido parte das queixas feitas contra a unidade de saúde e afirma que todas as medidas têm sido tomadas junto à pasta estadual da Saúde para resolver as deficiências. Há, segundo o diretor João Cardoso, a previsão de reforma na estrutura física do hospital até o fim deste ano ou início de 2020.
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