O Amazonia-1 avança para as etapas finais que preparam o satélite para o lançamento, previsto para 2020. Em agosto, aconteceu a revisão crítica de projeto (CDR) que avaliou os objetivos da missão, carga útil (câmera) e todos os sistemas necessários para o funcionamento do primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil.
Este satélite também é o primeiro construído a partir da Plataforma Multimissão (PMM), estrutura inovadora desenvolvida pelo INPE, capaz de se adaptar aos propósitos de diferentes missões e, assim, reduzir custos de projetos espaciais.
O Amazonia-1 fornecerá imagens para o monitoramento ambiental e da agricultura em todo o território brasileiro com uma alta taxa de revisita. Servirá ainda para o monitoramento da região costeira, reservatórios de água, desastres ambientais, entre outras aplicações.
Os dados estarão disponíveis tanto para comunidade científica e órgãos governamentais quanto para usuários interessados em uma melhor compreensão do ambiente terrestre.
O Amazonia-1 é um satélite de órbita polar que irá gerar imagens do planeta a cada 5 dias. Para isso, possui um imageador óptico de visada larga (câmera com 3 bandas de frequências no espectro visível – VIS – e 1 banda próxima do infravermelho – Near Infrared) capaz de observar uma faixa de aproximadamente 850 km com 60 metros de resolução.
Sua órbita foi projetada para proporcionar uma alta taxa de revisita (5 dias), tendo, com isso, capacidade de disponibilizar uma significativa quantidade de dados de um mesmo ponto do planeta. Esta característica é extremamente valiosa em aplicações que necessitem de uma rápida resposta, pois aumenta a probabilidade de captura de imagens úteis em situações de cobertura de nuvens