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Após assembleia, Correios do Acre decide deflagrar greve geral por tempo indeterminado

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Em Assembleia na noite desta terça-feira, 10, os trabalhadores dos Correios do Acre deliberaram pela greve geral, que começou as 22h.


De acordo com o comando da greve, a paralisação foi necessária porque a direção dos Correios se nega a continuar as negociações do acordo coletivo e trabalho. São 79 cláusulas que estabelecem benefícios que estão em risco: ticket alimentação, vale cesta, vale peru, plano de saúde, reembolso creche, vale cultura, 70% de férias, adiantamento salarial, licença maternidade 6 meses, entre outros.


Em Rio Branco a concentração dos servidores nesta quarta feira, 12, pela manhã, será no CDD da Avenida Floriano Peixoto. Os servidores do interior vão se concentrar nas agências.

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Outras decisões da Assembléia foram : a ampliação da campanha #Todos pelos Correios contra a privatização com a distribuição de panfletos e coleta de assinaturas em locais estratégicos;


Procurar Parlamentares e entregar a carta dos trabalhadores em defesa dos Correios.


O comando de greve distribuiu essas orientações aos grevistas:


A greve é legal? Qual a previsão na legislação?


A greve tem previsão na lei 7783/89, que garante o exercício de greve. Para isto os sindicatos e trabalhadores devem seguir os trâmites e as condutas estabelecidas nesta lei.


O que a greve pode proporcionar aos empregados?


Forçar a retomada de negociações para fechar um acordo coletivo, ou instaurar um dissídio de greve no Tribunal Superior do Trabalho que será julgado pelos Ministros.


Quem pode aderir?


Todos os trabalhadores indistintamente devem aderir para forçar uma negociação. Somente uma forte mobilização poderá trazer avanços.


Precisa manter um efetivo de 30% trabalhando?


Não há necessidade nos Correios. O quantitativo será estabelecido após determinação judicial. Vamos aderir 100%.


Posso ser demitido ou penalizado por fazer greve?

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Não. Mas a privatização, além das estratégias do governo em fechar agências e reduzir efetivo podem resultar em demissões.


Vou ter dias descontados?


Os dias de greve são discutidos ao final do movimento grevista, com um acordo coletivo ou com uma sentença do TST.


Podem haver retaliações aos grevistas?


Não devem acontecer pois a greve é um direito do trabalhador. Porém, caso ocorra encaminhe denúncia ao seu sindicato ou federação para adotar medidas contra práticas antissindicais.


A greve pode adiantar a privatização?


A campanha salarial não vai definir a privatização. É uma política do governo federal. Por isso, é preciso a mobilização. Esclarecer a população e coletar assinaturas para enviar ao congresso federal, que deverá votar a privatização dos Correios.


Abrir mão do acordo coletivo pode barrar a privatização?


Não. Somente a mobilização irá barrar a privatização. Abrir mão de direitos irá ajudar a venda, pois o intuito do governo é enxugar a máquina. Quanto mais reduzirem benefícios, mais atrativa a empresa será para a venda.


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