O Tesouro Nacional divulgou recentemente um raio-x sobre as 258 empresas estatais estaduais no Brasil. Do Acre, o Tesouro listou sete estatais, mas não cita os nomes. O governo local tem uma lista de estatais privatizáveis, mas pode ser que Tesouro e Governo do Acre não estejam falando das mesmas empresas.
Todas as citadas pelo Tesouro são 100% dependentes do Estado, mostra o estudo. No texto, o Tesouro lembra que a atuação do Estado na economia por meio de suas empresas apresenta-se como uma exceção e que é necessário avaliar a eficácia e a efetividade da atuação das estatais. Por isso, é importante observar lucros e prejuízos.
Com a lista, o Tesouro foi direto à parte final dos balanços -a linha que mostra que essas empresas custaram R$ 14 bilhões aos contribuintes brasileiros, pois os Estados injetaram R$ 16,1 bilhões nas suas empresas, via reforço de capital ou subvenções, e elas retornaram R$ 2,2 bilhões em dividendos.
São Paulo lidera o ranking com um total de 20 empresas, seguido por Minas Gerais com um quantitativo de 19 e, em terceiro lugar, Goiás com 16. Entre os Estados com a menor quantidade de empresas controladas, temos Tocantins, Roraima e Amapá com, respectivamente, 3, 3 e 2 empresas. Em termos de dependência, Rio de Janeiro apresenta o maior número de empresas (11), seguido pelo Estado do Pará (8) e, empatados com um total de 7 empresas, os Estados de Pernambuco, Sergipe, Acre e Distrito Federal.
O Governo do Acre desfazer de várias estatais. Em entrevistas, o Governo do Acre diz que a decisão de privatizar segue “um novo estilo de desenvolvimento” baseado na ideia de que o Estado não deve atuar diretamente como um investidor, mas criar o ambiente ideal para que a iniciativa privada atue e avance.
A reportagem enviou mensagem ao Chefe da Casa Civil, José Ribamar, mas não obteve resposta. Caso as autoridades queiram comentar o estudo do Tesouro Nacional o espaço está aberto.