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Pacientes do Pronto-Socorro sofrem com demora de cirurgias

Por
Leônidas Badaró

O governo do estado anunciou que com a transferência de profissionais da Fundação Hospitalar e a inauguração da verticalização do novo pronto-socorro alguns setores da saúde pública acreana iriam melhorar. Entre eles, um dos grandes gargalos que é o setor de ortopedia onde pacientes esperam bem acima do ideal por um procedimento.


Quem precisa de atendimento, sente, literalmente, na pele que as coisas ainda não melhoraram.


É o caso do paciente Felipe Souza. Por causa de um acidente de moto o jovem de 23 anos quebrou o fêmur. Internado no Pronto-Socorro há mais de um mês, aguarda por uma cirurgia. “Quebrei o fêmur no dia de julho. Passei 5 dias no corredor esperando um leito até que consegui. Depois de 20 dias internado, o médico marcou a cirurgia, pediu pra ficar sem comer o dia inteiro, quando foi mais de quatro da tarde disse que a cirurgia não ia ser feita e não tem previsão de quando vai acontecer”, reclama.


No leito ao lado de Felipe, a situação de Antonio Raimundo é ainda pior. Já são 40 dias de espera após quebrar as duas pernas quando em um trabalho na floresta uma árvore caiu sobre seu corpo.


A situação atinge outros pacientes que aguardam por procedimentos ortopédicos.


O ac24horas conversou com a nova direção do Pronto-socorro que confirmou o problema. “Essa época do ano historicamente tem um aumento muito grande no volume de atendimento ortopédico. Pessoal anda mais de moto e faz mais derrubadas. Nós temos limitação no nosso centro cirúrgico. Temos apenas três salas cirúrgicas para atender todas as emergências, seja tiro, facada ou acidente”, afirma Areski Peniche, diretor geral do Pronto-Socorro.


A gestão do hospital conta que outro problema é a dificuldade em transferir pacientes que deveriam está em outras unidades após o atendimento mais emergencial. “A situação está realmente crítica. O Pronto-Socorro acaba sendo a porta de entrada do paciente fraturado, tenho o centro cirúrgico para operar, mas depois estou tendo dificuldade de terminar esse tratamento, que deveria ser feito em outra unidade. Estamos trabalhando para resolver isso. A expectativa é que a partir da próxima semana a Fundação Hospitalar já tenha uma escala de cirurgias ortopédicas para que consigamos normalizar essa situação e tentar fazer com que os pacientes não esperam tanto por uma cirurgia”, afirma Areski.


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Leônidas Badaró

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