Montante de mais de R$ 21 milhões será dividido em parcelas de R$ 1 milhão por mês
O Governo do Estado do Acre anunciou o pagamento das verbas rescisórias dos servidores que assumiram cargos comissionados no governo passado. Nesta quarta-feira, 28, em coletiva de imprensa no Palácio Rio Branco, o governador Gladson Cameli ressaltou que o estado vai desembolsar mais de R$ 21 milhões para honrar com 2,4 mil processos, em parcelas de R$ 1 milhão por mês.
“Vou pagar [as rescisões] porque são pais de famílias humildes que precisam receber”, disse o governador. “Esse é mais um presente que estou recebendo do PT, que dizia que não atrasava. Daqueles que viviam dizendo que não atrasavam nada, mas que estão deixando para eu pagar as contas deles”, completou o governador.
Pela necessidade de respaldo jurídico, os primeiros processos já devidamente aptos a serem pagos, no presente momento, são 1.098, num montante de R$ 11.724.430.
Conforme Gladson Cameli, o parcelamento é uma necessidade para evitar que ocorra o que ele classificou de “instabilidade financeira” na sua administração. “Até porque nem terminei de pagar o 13º salário, uma obrigação também do governo do PT, da qual os nossos queridos servidores públicos estaduais não têm culpa nenhuma”, pontuou o governador.
Por sua vez, a secretária de Estado de Planejamento e Gestão Administrativa, Maria Alice de Araújo, afirmou que o pagamento das verbas rescisórias segue aos mesmos critérios que foram adotados para o pagamento do décimo atrasado. “Serão pagos na ordem do menor valor para o maior. Dos que ganham menos para os que ganham mais”, explica Araújo.
Gladson Cameli afirmou ainda que vai pedir um levantamento da situação de cada obra inacabada, deixada pela administração passada, para o Ministério Público, para a Polícia Federal, à Controladoria Geral da União, ao Tribunal de Contas da União e a outros órgãos fiscalizadores que existirem.
A ideia é que o governador saiba como está o andamento de processos que eventualmente, estejam irregulares, para adotar as medidas que forem necessárias para corrigi-las ou redirecioná-las aos seus responsáveis.
“É o nosso CPF que está aí agora. E quem cala, consente. Cadê os órgãos fiscalizadores para dizer o que está errado e o que está certo? Não queremos ser responsáveis pelo que fizeram de errado na administração passada”, salientou Gladson Cameli.
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