Habilidade, resistência física, concentração e equilíbrio psicológico. Esses são os principais requisitos para se tornar um verdadeiro sniper, atirador profissional de elite. O termo tem origem americana e ganhou notoriedade no Brasil, após uma situação de sequestro a ônibus, no Rio de Janeiro. Foram seis horas de negociação, até que o alvo fosse abatido pelo atirador, libertando 39 passageiros que vinham sendo mantidos reféns.
No Acre, assim como no Rio de Janeiro, a Polícia Militar também dispõe desses profissionais. Dos mais de dois mil militares ativos na corporação, apenas três são reconhecidos como snipers e atuam dentro do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Segundo o coronel Edener Franco desde que a categoria passou a existir, esses atiradores só foram convocados em três situações, contudo, em nenhuma delas foi necessária a intervenção dos snipers.
“Em uma situação de crise, principalmente aquelas em que o alvo põe em risco a vida de outras pessoas, nós trabalhamos em quatro etapas. A primeira coisa é negociar, não havendo um acordo, usamos técnicas menos letais. Se ainda assim não resolvermos o problema, aí convocamos os atiradores de elite que farão parte da terceira e última etapa. Nessa fase, a decisão de atirar não cabe ao profissional, somente é autorizado quando recebe o sinal verde da autoridade maior do Estado, no caso o governador, do secretário de segurança ou do comandante-geral da corporação”, explicou o coronel.
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