Ailton Silva de Araújo, 36 anos, tem uma pequena loja no bairro da Sobral. É de lá que garante o sustento da família.
Como quase todo pequeno comerciante, afirma que passa por um momento de crise financeira, com a baixa na vendas.
Segundo Ailton, há ainda uma preocupação ainda maior do que a falta de dinheiro. Ele reclama que a prefeitura tem intensificado a fiscalização dos comerciantes da região, o que pode fazer com que muitos sejam obrigados a fechar as portas.
“As coisas aqui estão muito difíceis. O dinheiro que a gente tá conseguindo é apenas para comer. Pra piorar, hoje, os fiscais da prefeitura estiveram aqui e fizerem um monte de exigências para que a minha lojinha continue aberta. Eles querem que eu faça dois banheiros, um deles para deficiente. Agora eu pergunto, como é que eu vou construir dois banheiros, se o pouco que vendo aqui dá mau pra colocar comida em casa?”, pergunta Ailton.
O comerciante enviou fotos de sua loja que comprovam se tratar de um espaço bastante pequeno.
Ailton diz que o arrocho na fiscalização atinge outros pequenos proprietários de lojas. “Eu não falo só por mim. É uma série de exigências que quem é pequeno não consegue cumprir. Não é apenas o alvará. Todos os comerciantes aqui estão sofrendo com isso, sem condições de resolver”, explica Ailton.
O comerciante sobrevive vendendo roupas e produtos como controles de aparelhos eletrônicos, além de cd e dvd.
A prefeitura foi procurada, mas não comentou o caso.
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