Obra considerada “faraônica” por Thiago Caetano virou elefante branco na beira do rio

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Da redação ac24horas

Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) financia R$ 12,4 milhões. Estado tem dificuldades de aprovação das mudanças previstas para conclusão do projeto que já consumiu R$ 20 milhões dos cofres públicos.


A obra com projeto de conceito “retrofit” iniciada na gestão do ex-governador Sebastião Viana é o mais novo elefante branco de frente com o rio Acre. Mais de R$ 20 milhões foram investidos na renovação e manutenção das características originais do antigo Colégio Meta. Obra encontra-se paralisada.


O processo de desapropriação começou em 2013. O imóvel, construído na década de 1960, sediou o Colégio dos Padres e, em seguida, o Colégio Meta. Este ano, a Igreja Católica chegou a cobrar recursos de desapropriação que o ex-governador, Sebastião Viana afirmou ter pago.


Um ano depois da assinatura do contrato pela Secretaria de Estado de Educação, nº 223/2017 (PROCESSO Nº 0018466-7) mais de R$ 13 milhões já haviam sido aplicados pela equipe do ex-governador. O contrato foi aditivado, levantando muita polêmica na época.



Até janeiro deste ano, mais de R$ 20 milhões já tinham sido aplicados na restauração do prédio. O atual governo anunciou indisposição em concluir o projeto original que previa um custo de R$ 30 milhões. O secretário de infraestrutura, Thiago Caetano, justificou as mudanças previstas devido os custos de manutenção da obra que ele considerou como “faraônica”, disse.


Integrante do pacote de obras inacabadas que deveriam ser concluídas nos primeiros 100 dias, até hoje não se sabe os motivos da paralisação das obras. Há informações que além da questão litigiosa de desapropriação cobrada pela Igreja Católica, o estado enfrenta dificuldades de aprovar as mudanças junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) que financia R$ 12,4 milhões.


Inicialmente, a Segurança Pública seria instalada no local, depois foi anunciada a ida do Gabinete Civil do governador e outros setores da administração direta. Enquanto nada sai do papel, comerciantes do entorno cobram o funcionamento do Museu ou das secretarias de estado.


“Tínhamos a esperança de que com o funcionamento de secretarias no prédio, a praça comercial do entorno voltasse a aquecer” disse seu Antônio José, empresário.



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