O governador do Acre, Gladson Cameli, começou a pedir ajuda a países sul-americanos para o combate às queimadas na Amazônia. Ele vai tratar de ajuda e da situação das florestas com o presidente do Peru, Martín Vizcarra, em audiência no dia 3 de setembro e que não descarta nem auxílio oferecido pelo regime chavista de Nicolás Maduro, na Venezuela. “Eu aceito tudo que venha de benefício para que a gente possa coibir essa situação de nossas florestas, o céu será o limite”.
Ele mandou ofícios a embaixadas e gabinetes de presidentes, entre eles o de Maurício Macri, da Argentina, a quem solicitou o empréstimo de um avião hidrante que integra o sistema nacional de combate ao fogo do país vizinho.
Nesta sexta-feira (23), a Secretaria de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Nação Argentina ofereceu ajuda aos governos do Brasil e da Bolívia, num esforço externo de luta contra as mudanças climáticas e pela conservação da biodiversidade, compromisso assumido no Acordo de Paris, informou o governo Macri.
A dica de pedir o avião da Argentina, segundo o governador, veio da Casa Civil da Presidência da República. “A Argentina tem uma aeronave que tem o papel de bombeiro, quem comentou comigo foi a equipe do presidente. Se conseguirem mandar para nós, tanto para Acre, Amazonas e Rondônia, vai ser de extrema importância, vai facilitar nosso trabalho”, disse Cameli.
Cameli disse que não falou ainda com o presidente Jair Bolsonaro, mas que tem mantido conversas com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Ele disse que “não interpretou mal” o presidente, mas que Bolsonaro se equivocou ao criticar o empenho dos governadores do Norte nos esforços para apagar os incêndios florestais. “Foi o calor do dia a dia, no stress que ele cometeu aquele equívoco”, afirmou à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.