Se a estratégia do deputado Roberto Duarte (MDB) para consolidar o apoio da máquina estatal à sua candidatura à prefeitura de Rio Branco for a de bater sistematicamente no governador Gladson Cameli, nas sessões da Assembléia Legislativa, está indo por um caminho equivocado. Mais de uma vez o Gladson já disse ao BLOG DO CRICA que, o parlamentar pode continuar lhe batendo, que não vai mover uma palha para pedir que mude o comportamento. Chegou a dizer numa das últimas entrevista que deu ao BLOG, a seguinte frase: “eu quero ele para lá e eu para cá”. E o governador está numa situação cômoda para não estar preocupado, com o que diz ou deixa de dizer o Duarte. Não precisa do seu voto para nada no parlamento. A sua base de apoio é suficiente para aprovar qualquer projeto que enviar àquela Casa. O deputado Roberto Duarte (MDB) poderia causar algum temor político se o seu voto fosse decisivo para o governador aprovar matérias. Não é, repito. O contexto pode ser definido num comentário que ouvi de um importante deputado da base do Cameli, na ALEAC: “o Roberto pode bater até ele ficar rouco, nós não precisamos dele e nem o queremos ao nosso lado”. Na política, você fica do tamanho do mal que você pode causar de uma forma ou de outra a quem governa; no caso do deputado Roberto Duarte (MDB), não poderá causar mal algum ao governador, por ser uma voz isolada dentro do campo político pelo qual se elegeu. É isso.
JÁ DIZIA O VELHO CHE
Se a intenção do Roberto Duarte for disputar a reeleição ou uma cadeira de deputado federal, a sua conduta na ALEAC está dentro da normalidade, com o seu modo ríspido na tribuna. Se quiser disputar a PMRB está errado. Cargo majoritário requer posições mais brandas e nada emocionais. Já dizia o Che Guevara, de que se pode ser duro, mas sem perder a ternura.
MIJA NA CAMA
O governador Gladson está levando na galhofa esta questão do aumento das queimadas no Acre. Disse ante uma risonha platéia, que se a coisa apertar vai para o mato apagar o fogo com alguns auxiliares. Diz um velho ditado que: “quem brinca com fogo, mija na cama”.
UM ESGOTO FÉTIDO DE SALDO
Os governos dos últimos 20 anos do PT foram de falácia e poucas ações no campo ambiental, nada que possa ser exemplo. Não se conhece nada de destaque como resultado dos milhões de dólares que vieram da Noruega e Alemanha. Detonaram a floresta do Antimary. A Reserva Chico Mendes, boa parte virou pasto de boi e seus moradores continuam tão pobres como antes da Reserva. De saldo apenas o fétido esgoto a céu aberto do Canal da Maternidade.
HIPOCRISIA MALANDRA
Vamos acabar com essa hipocrisia malandra de que a floresta amazônica só começou a arder no governo Bolsonaro e no do Gladson Cameli, queimadas em dimensões maiores que as atuais aconteceram em outros governos. Este descaso, que agora se repete, vem de longe.
FALTA LEGITIMIDADE
Nada disso, porém, justifica que o atual governo tenha inicialmente incentivado o homem do campo a queimar porque não seria multado, que depois do aumento das queimadas, dos protestos, recuou na desastrada estratégia. Mas, falta legitimidade aos petistas para apontar o dedo.
UMA ESFINGE
O Gladson e como a Esfinge – decifra-me ou devoro-te. Decifrar o que realmente pensa é como acertar na Mega-Sena, difícil. Disse que apoiaria o Major Rocha a prefeito de Rio Branco, depois o Alan Rick, flertou com o Tião Bocalom, prometeu apoiar o Minoru e agora o Bestene.
CABIDE TEM CHANCE
Nesta batida de mudança de opinião ao sabor do vento, até o ex-vereador Cabide poderá ter chance de vir ter o apoio do governador Gladson Cameli para a prefeitura de Rio Branco.
PREFEITOS EM PARAFUSO
Depois de mais uma inusitada declaração do governador Gladson de que trabalha com a possibilidade de deixar o PROGRESSISTA, pelo qual se elegeu, os prefeitos que anunciaram mudança para esta sigla para ficar bem com o governador estão em polvorosa com o fato.
PISANDO NO FIO DA NAVALHA
O Gladson vai ter que pisar no fio da navalha na eleição municipal do próximo ano, no tocante às candidaturas a prefeito. A sua decisão, de uma forma ou de outra, estará umbilicalmente ligada a 2022, quando deverá sair à reeleição ou ao Senado. Não pode deixar arestas.
SERÁ UMA BURRADA
Colocar um candidato debaixo do braço para prefeito da capital dentro do seu campo, sem que seja uma candidatura única será uma burrada. Não pode escolher um candidato para agradar A ou B. Será seu primeiro teste após a eleição. Não creio em único candidato.
TAMANHO DA ENCRENCA
O Acre está desembolsando cerca de 46 milhões de reais para bancar o pagamento dos servidores aposentados e pensionistas do ACREPREVIDÊNCIA. A previsão é que o governo chegue em dezembro tendo que tirar do caixa 60 milhões de reais para bancar estes custos.
QUADRO GRAVE
É o quadro se torna ainda mais grave porque não existe uma iniciativa ao curto prazo que possa tirar o Acre da dependência econômica da União e das emendas parlamentares. O Estado não tem um parque industrial, a agricultura é a do cheiro-verde, o agronegócio é ao longo prazo, a legião de desempregados aumenta a cada dia, e ficamos nesta roda a girar.
UM GRANDE BLEFADOR
Seu tio, o ex-governador Orleir Cameli era jogador de Poker, um jogo em que blefar é uma arte para enganar o adversário levando-o a crer numa situação, quando as cartas que tem em mãos são diferentes. O Gladson Cameli é um grande blefador político. Com suas declarações inesperadas deixa todo mundo na dúvida se está falando para valer ou para testar o resultado.
CANDIDATURA PRÓPRIA
O MDB anunciou ontem em sua convenção em Xapuri que terá candidatura própia à prefeitura do município, sendo o nome mais cotado o do vereador Capelão (MDB), político experiente.
RELAÇÕES AFINADAS
As relações entre o governador Gladson e o prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim estão cada vez mais afinadas, o que não é uma boa notícia aos adversários, que esperavam que a briga entre ambos continuasse para tirarem proveito na eleição do próximo ano.
NOVA RODOVIÁRIA
Além da assinatura de um convênio que repassará ao município 350 mil toneladas de asfalto, na reunião o governador abriu ainda mais o pacote de bondade, prometendo atender a uma reivindicação da deputada Meire Serafim (MDB) para a recuperação da Rodoviária da cidade.
CALO NA FRONTEIRA
A SENADORA Mailza Goms (PROGRESSISTA) anunciou que destinará 1 milhão de reais em emendas para o sistema de Segurança no Alto Acre. A violência é um calo naquela região.
PASSANDO O RODO
Houve consenso no do MDB de Brasíléia de que nenhum membro da executiva municipal antiga deve permanecer na nova composição. Nem o cacique Aldemir Lopes. O MDB, que faz sua convenção municipal hoje, quer passar á população a imagem de um partido renovado.
FUGINDO DAS VELHAS CARAS
A mesma prática deverá ser adotada em relação à escolha do nome que sairá candidato a prefeito de Brasiléia, os dirigentes do MDB buscam uma cara nova que possa motivar o eleitor na campanha. Mais uma vez a disputa pela prefeitura será travada entre MDB e PT.
DEFINIÇÃO FELIZ
“Quando se trata de política o MDB, no Acre, é bipolar”. Frase ouvida de um colega no aquário da imprensa na ALEAC. Com ampla razão, o MDB oscila em ataques e defesas do governo.
POUCOS ACREDITAM
Muitos poucos acreditam em Tarauacá que a prefeita Marilete Vitorino (PSD) tenha a coragem de sair para a reeleição, tal é o estado de abandono em que se encontram as ruas da cidade. E para completar acontece algo interessante, também os candidatos não querem o seu apoio.
FRASE DO DIA
“Mesmo no mais alto trono do mundo, estamos ainda sentados sobre o nosso rabo”. Michel Montaigne, filósofo francês.
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