A Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte (SEE) está envolvida em mais uma polêmica. Chegou ao ac24horas a denúncia de que o secretário de educação, Mauro Sérgio, por determinação do governador Gladson Cameli, está fechando diversas salas de aulas do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), que proporciona a quem não teve condições de estudar no tempo correto, recuperar o tempo perdido.
Várias escolas estão fechando as portas e deixarão de ofertar essa modalidade de ensino, deixando muitos alunos sem estudar e muitos professores desempregados.
Além do fechamento das salas de aula e o prejuízo de centenas de alunos, há também o prejuízo para professores que estão sendo demitidos. São profissionais contratados no processo seletivo realizado no início do ano.
De acordo com uma funcionária, que não quis se identificar, a SEE alega que convocou muitas pessoas e agora precisa enxugar a folha. “A gestão das escolas dizem que uma equipe da SEE (Secretaria de Educação e Esporte do Acre) estavam realizando um remanejamento de funcionários. Porém, quando chegamos na secretaria, eles nos dão um termo rescisório de 30 dias e depois reincidem o contrato”, relata.
Os denunciantes afirmam que foi tentado vários diálogos com a Secretaria de Educação, mas nada aconteceu para reverter a situação.
As informações dão conta de que, pelo menos 9 salas de aula do EJA já foram fechadas. Em um vídeo, estudantes da escola Marilda Gouveia Viana, estudantes e professores protestam contra o fechamento das salas de aula do EJA.
Quem também está na bronca com a SEE, são assistentes sociais que também estão sendo demitidos. Assistentes educacionais da capital, contratados no processo seletivo do início do ano, estão sendo demitidos.
Uma dessas profissionais reclama dos critérios adotados para decidir quem é demitido. “A pessoa que foi escolhida para ficar no meu lugar também tem o contrato de professor pela SEE e mesmo assim continuará como assistente. Como podem dizer que estão contendo gastos assim?”, questiona.
Em nota, a SEE confirma as demissões e o fechamento das salas e diz que o motivo é cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal e que sua equipe gestora, juntamente com gestores escolares e coordenadores dos núcleos nos municípios do interior, está realizando um reordenamento de pessoal, a partir do levantamento de contratos temporários e contratações diretas realizadas desde o início do ano, para proceder com o ajuste exigido.
A secretaria afirma também que lamenta os transtornos gerados naturalmente por essa ação, mas reforça que é necessária para que o Estado não venha a ter prejuízos maiores em seu orçamento e a sofrer com as restrições previstas pela Lei.
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